Penas que somadas ultrapassam os 60 anos. Foi o que o júri popular decidiu no caso da morte da jovem Débora Bessa, morta e esquartejada em janeiro do ano passado em Rio Branco. André Martins pegou 42 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado.
Já Luciele do Nascimento foi condenada a 20 anos e 4 meses de prisão também em regime fechado. As penas foram referentes aos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrarem organização criminosa.
O júri começou por volta das 8h40 da quinta-feira, 23, e seguiu até depois das 21h na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Sete testemunhas foram ouvidas.
O vídeo bárbaro em que Débora aparece sendo decapitada enquanto ainda estava viva foi usado pela polícia para identificar a autoria do crime. As imagens vazaram em grupos de WhatsApp e acabaram viralizando. Na delegacia, Martins chegou a confessar que matou Débora por vingança.
A mãe da vítima, Irlanik Freitas, acompanhou o júri popular e, muito emocionada, chegou a pedir pena máximas aos envolvidos. Mas, no final, saiu do fórum aliviada em saber que os dois foram condenados e disse que a filha não é mais uma a ficar com o caso na impunidade.
“Achei que o juiz foi bastante inteligente porque ele explicou pra gente e se ele tivesse colocado uma pena maior teria sido reduzida e eles não a cumpririam a risca. O que ele fez? Deu a pena máxima e já foram feitas as reduções e ele vai cumprir quase 30 anos que é o máximo que um ser humano pode puxar. Isso para mim é muito gratificante porque ele [o juiz] sentiu a nossa e dor e foi justo”, disse.
A mãe disse que não esperava uma sentença muito grande. Mas dentro do cabível, achou justo. “Evamos combinar? Passar 30 anos dentro de um presídio é muito coisa, é muito tempo. Nenhuma sentença vai trazer minha filha de volta. Mas, para mim, foi um conforto saber que minha filha não vai ser mais uma no esquecimento, isso foi Deus agindo com justiça. Sai de lá aliviada”, concluiu.