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Deputados votam em separado texto da minirreforma e criação de 450 cargos é aprovada

Quinze parlamentares votaram favoráveis e oiti foram contrários

Após os deputados estaduais desmembrarem parte do texto da minirreforma administrativa enviada à Aleac, especificamente o artigo 43 que cria 450 cargos em comissão, totalizando 1.350 cargos, o texto foi aprovado por unanimidade. Foram 23 votos favoráveis à matéria. O deputado Nicolau Júnior (PP), que preside a Mesa Diretora não vota obedecendo ao Regimento Interno.

Ao falar da medida que cria 450 cargos, representando 43,8% no percentual de novos comissionados, além de instituir mais duas secretarias na estrutura de governo e criar, ainda, 10 novos cargos de secretário-adjunto, foram 15 votos favoráveis à matéria e 8 contrários.

A pedido do deputado Roberto Duarte (MDB), já em plenário, a votação do artigo 43 aconteceu separada dos demais temas que versam o texto do Executivo. Os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), Jenilson Leite (PCdoB), Daniel Zen (PT), Jonas Lima (PT), Roberto Duarte (MDB), Meire Serafim (MDB), Calegário (PV) e Maria Antônia (PROS) votaram contrários a criação de novos cargos em comissão.

O texto original recebeu emendas dos deputados Gehlen Diniz (PP), Daniel Zen (PT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB). Este último pediu a retirada de um artigo que permitia a criação de cargos por decreto. A respeito da instituição de novos cargos comissionados, Edvaldo Magalhães disse que Cameli está apressado, que em cinco meses de governo tem quase o mesmo número de comissionados que as administrações petistas em 20 anos.

“Hoje não tem mais assombração da crise. Todo dia ele [Gladson] inventava uma história. Na esquerda a gente tem uma tradição de vez enquanto que alguém cobra a chamada autocrítica. Hoje é a data. Tudo que ele falou de cargos comissionados, ele teve que engolir hoje. No que se toca, digamos a construção de novos cargos, o Gladson pode ser considerado o Ayrton Sena da administração pública. Em cinco meses ele chegou em 1.350, estou falando só CECs”, disse Edvaldo Magalhães.

Em resposta a Edvaldo Magalhães, Gehlen Diniz disse que o governo de Tião Viana (PT) gastava mensalmente R$ 17 milhões com comissionados. Agora, o governo de Gladson gastará R$ 10 milhões, representando uma economia mensal de R$ 7 milhões. Diniz não poupou críticas e disse que a máquina estava inchada no governo de Tião Viana e não do progressista.

“Estava inchada lá atrás com o governador Tião Viana. O atual governo já pagou mais de R$ 200 milhões de em dívidas do governo anterior. Os senhores sabem que o atual é bem melhor que o anterior e pode fazer um governo excelente. O governo atual não é o responsável por essas dívidas. Sou favorável a reforma sim, acredito no governo. A população quer saber que o serviço funcione”, disse Gehlen Diniz.

 

 

 

A Gazeta do Acre: