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Governadores pedem revogação do decreto de Bolsonaro que flexibiliza porte de armas

Governadores de 13 estados, a maioria da oposição, e do Distrito Federal, divulgaram uma carta aberta nesta terça-feira contra o decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas no país. As autoridades pedem que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário atuem para que o decreto seja revogado e assim haja uma “efetiva política responsável de armas e munição no país”.

Na avaliação dos governantes, “as medidas previstas pelo decreto não contribuirão” para melhorar a segurança dos estados.  A carta é assinada por nove governadores do Nordeste, do Distrito Federal, Amapá, Tocantins, Pará e Espirito Santo.

“Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando, por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias”, diz um trecho do documento.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, publicou a carta em redes sociais explicando que o pedido é um  “alerta para riscos à segurança pública”.  O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, defendeu que a violência seja combatida “com educação e ações de prevenção, não com mais armas em circulação”.

“Queremos uma cultura de paz, não de armas”, escreveu o governador petista Wellington Dias (Piauí) no Twitter.

A Anistia Internacional também divulgou uma carta, nesta terça-feira, em que afirma que a flexibilização da posse e do porte de armas atenta “contra as garantias do direito à vida” e poderá provocar o aumento no número de homicídios no Brasil.

 

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