Um ano após o acidente que matou os amigos Gilson Teixeira Rodrigues e Israel Ériston Filgueira, o processo segue parado na Justiça do Acre. Os amigos estavam em uma motocicleta, quando foram atingidos por uma caminhonete no dia 19 de maio do ano passado, no km 142 da BR-364, em Rio Branco.
O carro era dirigido por Diego Felipe Moraes. Segundo informou a Polícia Rodoviária Federal do Acre (PRF-AC), a caminhonete estava na contramão quando colidiu de frente contra a moto. A PRF-AC falou também que o motorista tentou fugir a pé do local, mas foi encontrado e levado para a delegacia.
Menos de um mês após o acidente, a Vara de Delitos de Drogas e Acidentes de Trânsito da Comarca de Rio Branco autorizou Moraes a deixar o Acre e se mudar para uma cidade no estado de Santa Catarina.
A advogada de Moraes, Vanessa Chalub, confirmou a mudança do rapaz. Segundo ela, a defesa aguarda a audiência de instrução, que ainda não tem data programada. “Depende de quando a Justiça vai agendar. Possivelmente será ouvido por precatória”, argumentou.
O G1 tentou ouvir o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), mas não obteve retorno até esta publicação.
Nova mudança
A família chegou a fazer protesto e se reunir em frente ao Ministério Público do Acre (MP-AC) para pedir Justiça e a prisão do motorista. Os familiares queriam que o rapaz respondesse por homicídio doloso, quando há intenção de matar, o MP-AC ofereceu denúncia por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Ao G1, a secretária e tia de Gilson Rodrigues, Helena Rodrigues contou que Diego Moraes foi autorizado novamente pela Justiça a se mudar de cidade. A reportagem não conseguiu contato com os familiares de Israel Filgueira.
Ainda segundo Helena, Moraes alegou que casou e a mulher passou em um concurso público no Rio Grande do Sul e precisava mudar de endereço novamente. Ele teria solicitado voltar a dirigir, mas a Justiça negou o pedido.