Os pais, amigos e familiares do pequeno Zeus Lima estão mobilizados em uma campanha para conseguir bolsas de sangue para o bebê. A criança nasceu prematura, teve complicações e está internada na UTI Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco..
As doações, de qualquer tipo sanguíneo, devem ser feitas no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), em nome de Rafaela Lima Mota, mãe do bebê.
Ao G1, o autônomo e pai de Zeus, Alex Lima, contou que o bebê nasceu de uma cesariana no último dia cinco. A mãe estava no sétimo mês de gestação quando sentiu contratações e precisou ser submetida ao procedimento de emergência.
“A mãe dele começou a ter contrações, ficou três dias assim, o pessoal do hospital aplicou medicação para parar as contrações, não conseguiu e um médico achou melhor fazer o parto antes que acontecesse o pior”, explicou.
O bebê nasceu bem, segundo o pai, mas teve uma hemorragia e precisou ser entubado às pressas. Para a família, os médicos avisaram que Zeus não conseguiu atingir a temperatura ideal após o parto e, devido à hemorragia, precisa de sangue.
“Ele nasceu perfeito. A médica falou que tem um tempo para aquecer assim que sai da mãe, mas ele não conseguiu pegar a temperatura ideal. Por conta disso, começou a ter complicações, não respira direito. O coração ficou devagar”, relatou alguns dos problemas.
Campanha
Segundo o autônomo, a família foi orientada por funcionários da maternidade a fazer a campanha porque o Hemoacre poderia não ter sangue suficiente. Foi aí que o autônomo e a família começou a mobilizar amigos e conhecidos. A mãe não podia doar porque estava internada e o pai porque tomou recentemente a vacina contra H1N1.
“Muita gente compartilhou e foi doar. Ele ainda está precisando, mas não em grande quantidade como antes. Continuamos a campanha pensando também nas outras crianças, para que outras famílias cheguem e tenha sangue. Você fica com o coração na mão. Não queremos que outros pais e passem por isso”, disse.
A mãe de Zeus recebeu alta médica na sexta-feira, 7. Apreensivo, o pai falou que o coração só vai ficar tranquilo quando o filho sair da UTI e dos aparelhos, se alimentar sozinho e ficar bem. Até lá, a preocupação é constante.
“Hoje a médica conversou com a gente, explicou tudo direitinho, as complicações que teve e falou que o pior já passou. Ainda está em situação grave, mas o pior passou, agora é orar”, concluiu. (Aline Nascimento / G1 Acre)