Dom Moacyr Grechi, arcebispo emérito de Porto Velho,morreu no começo da noite desta segunda-feira, 17, aos 83 anos de idade, após sofrer duas paradas cardíacas. Ele estava internado em estado grave na UTI de um hospital da capital rondoniense. A informação foi confirmada pelo padre Jairo Coelho.
No Acre, ele teve um significativo trabalho religioso à frente da Diocese de Rio Branco entre 1972 e 1998.
Em 1949, Dom Moacyr ingressou no Seminário da Ordem dos Servos de Maria, em sua cidade natal, Turvo (SC). Em 29 de julho de 1961 foi ordenado sacerdote. Em 17 de julho de 1972 foi escolhido para ser bispo da diocese de Rio Branco (AC) pelo Papa Paulo VI.
Foi um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Comissão Pastoral da Terra, entidade que presidiu por oito anos. Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes, que conheceu pela atuação nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s).
Foi membro delegado pela CNBB da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho (Conferência de Aparecida), que aconteceu em maio de 2007, onde teve contato com Mário Jorge Bergóglio, então arcebispo de Buenos Aires, que futuramente seria o Papa Francisco.
Em 29 de julho de 1998 foi nomeado arcebispo de Porto Velho, tendo tomado posse em 8 de novembro de 1998. Aposentou aos 75 anos.
Como arcebispo de Porto Velho, contribuiu para a criação da Faculdade Católica de Rondônia, da Comissão Justiça e Paz de Rondônia e para o fortalecimento dos Centros Sociais da Arquidiocese.
Por sua atuação humana, Dom Moacyr alcançou o apreço e respeito muito além da comunidade católica. Pessoas de diversas religiões o viam como uma liderança em busca da união e da paz.