JOSÉ PINHEIRO
Dois dias após ser condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC) à perda do mandato, multa de R$ 50 mil, ilegibilidade por 8 anos e os votos recebidos, em outubro de 2018, anulados, a deputada Juliana Rodrigues (PRB) utilizou a tribuna para dizer que continua no mandato porque Deus permitiu.
Ela, que é membro da Igreja Universal do Reino de Deus no Acre, disse que muitos esperam vê-la depressiva, com os ataques feitos. A deputada reafirma, no entanto, que permanece na luta para salvar seu mandato de uma possível segunda cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“A minha vida é feita de desafios. As pessoas esperam encontrar em mim lágrimas, tristeza, depressão, mas isso não verão jamais. Vim aqui pra falar ao povo do meu Estado que eu continuo aqui porque Deus permitiu e eu vou ficar até o tempo de Deus”, ressaltou Juliana Rodrigues.
Em outro trecho, a deputada do PRB mandou um recado direto aos suplentes. Pediu que estes disputem as eleições para vereador em 2020 e parem de ‘urubuzar’ seu mandato.
“A Justiça, pra mim, foi feita. Eu digo para esses suplentes: não fiquem perdendo tempo aqui pelos corredores urubuzando ali no meu gabinete. Vai ter eleição ano que vem, minha gente, vão trabalhar. Vão se candidatar a vereador”, disse ela.
No mesmo processo em que Juliana foi condenada, outras quatro pessoas também receberam a condenação, incluindo o deputado federal Manuel Marcos (PRB/AC).
Juliana Rodrigues foi alvo de processos também no mandato passado. Dessa vez, a acusação era de fraudes relacionadas à emissão de carteiras de pescadores para o recebimento do Seguro Defeso. A Justiça Federal arquivou o processo contra ela.