O governador Gladson Cameli (PP) vetou integralmente o projeto de lei de autoria do deputado Jenilson leite (PCdoB), que implementa o Programa Estadual de Qualidade do Açaí e cria o selo de qualidade de bebidas e alimentos de origem vegetal no Estado. A matéria foi aprovada no parlamento estadual por unanimidade no dia 8 de maio.
Ao tomarem ciência do veto, deputados da base governista, – que votaram favoráveis a aprovação da proposta -, questionaram a decisão do governador. Aos parlamentares, a Casa Civil informou que o veto ocorreu por engano e que nos próximos dias seria publicada no Diário Oficial do Estado a sanção governamental.
Jenilson lamentou o veto de Gladson Cameli ao PL. Na oportunidade, o comunista reforçou que a lei funcionaria como uma ferramenta para garantir ações de fiscalização ao produto.
“Independente de erro, não achamos a decisão do governo justa, haja vista que o projeto que cria o Selo do Açaí visando agregar valor ao produtor e qualidade ao consumidor. O projeto passou na CCJ sem vício de constitucionalidade, mas também foi visto com estranheza pelo líder do governo, deputado Luís Tchê, e também o deputado Bestene, que ligaram para o governador e que este teria dito a eles que houve um erro e que o projeto seria enviado novamente a Casa Civil para ser corrigido e provavelmente será sancionado”, falou.
Casos confirmados
O veto governamental ocorreu dias após a internação de uma família no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, com a doença de chagas. Como dois barbeiros foram achados na casa dessa família, a suspeita é que eles tenham contraído a doença depois de consumir o açaí. A família mora na comunidade Triunfo, em Marechal Thaumaturgo.
Os casos confirmados foram o da mãe, de 30 anos, e de quatro filhos com idades entre dez e 15 anos. Uma menina de 5 anos e o pai tiveram os exames com resultado inconclusivo e, por isso, foram repetidos.
A família continua internada, onde fazem o tratamento contra a doença. Em recente entrevista, a matriarca Joana Correia afirmou que ela e as crianças já não sentem mais os sintomas. “Já estamos todos bem. As crianças estão bem, comem bem, não estão mais agitados. Passou a febre e já não temos mais os sintomas. Estou mais tranquila. Agora é acreditar em Deus que vamos todos nos recuperar”.
