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Mara Rocha acusa Paulo Wadt de ameaçar servidores e intimidar produtores rurais

Toda celeuma que vinha sendo criada com o anúncio da saída da deputada federal Mara Rocha (PSDB) da base de apoio do governo Gladson Cameli (PP) veio à tona no final da manhã de ontem, 24. Mara Rocha escreveu uma extensa nota afirmando a sua relação conflituosa com o secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt.

Sem poupar palavras, ela criticou a atuação de Wadt frente à Sepa e disse que, mesmo este tendo sido uma indicação sua para o cargo, o secretário passou a adotar uma postura contrária ao assumir o posto.

“A partir da sua posse, o mesmo começou a tomar atitudes que causaram muitos constrangimentos e que compreendi serem incompatíveis com a forma como o agronegócio deve ser conduzido no Acre”, disse Mara Rocha.

Em outro trecho, a deputada tucana faz uma série de denúncias contra Paulo Wadt. Ela pontuou que Wadt, se valendo do cargo, nomeou sua sócia para trabalhar na Sepa, além de nomear, também, funcionários. Outra denúncia é o tratamento dispensado aos servidores da Secretaria e da Emater, além de tentar forçar produtores rurais a venderem suas terras.

“Temos denúncias do Sr. Paulo Wadt ter nomeado, para Cargo em Comissão, uma sócia e funcionários de suas empresas de consultoria. Temos denúncias, também, de constrangimentos e ameaças dele a servidores da Sepa e Emater. Temos denúncia de intimidação aos pecuaristas para venderem suas propriedades a pessoas de outros estados, onde o secretário estaria agindo como corretor de imóveis. A essas denúncias se somaram as reclamações constantes dos produtores rurais do Acre, que não conseguem compreender o planejamento de médio e longo prazo do atual secretário”, diz a deputada tucana.

Engrossando mais ainda o desgaste, Mara Rocha disse que o governador Gladson Cameli (PP) sabia de todas as denúncias, entretanto, se manteve calado e segurou Wadt na pasta.

“Diante desse quadro, procurei o governador e o coloquei a par do meu desconforto em relação ao secretário de Agricultura, declarando, de forma direta e clara, o que estava acontecendo. Naquele momento o próprio governador se mostrou indignado e confidenciou que o secretário Paulo Wadt estaria lhe rendendo reclamações constantes e também não era de seu agrado, afirmando que o trocaria em pouco tempo. Bem, o secretário Paulo Wadt permanece no cargo e restou a mim o desgaste de ter meu nome vinculado a essa situação”, finalizou.

 

 

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