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Mulheres do tráfico: quando a esperança de ganhos fáceis substitui a liberdade

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
03/06/2019 - 16:12
“Eu resolvi assumir essa droga até para proteger a minha vida, porque no mundo do crime a gente não pode estar entregando não”

“Eu resolvi assumir essa droga até para proteger a minha vida, porque no mundo do crime a gente não pode estar entregando não”

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Três anos e meio de pena cumprida de uma condenação de 13 anos por tráfico de drogas. Ela tinha uma rotina normal, trabalhava em um salão de beleza. Mas o desejo de obter vantagens levou à jovem, que nesta reportagem é mais conveniente chamá-la de “Maria das Dores”, ao mundo do crime, mais especificamente ao tráfico de drogas. Ela conta que começou neste caminho, quase sem volta, realizando apenas pequenos furtos, até o dia em que foi presa em uma ‘boca de fumo’.

“Maria das Dores” conta que a sua prisão não ficou clara. Diz que foi injustiçada, mas aceitou a condenação para preservar a sua vida dos verdadeiros donos do entorpecente. Cumprindo pena no pavilhão feminino do Francisco d’Oliveira Conde, ela contou À GAZETA a sua história.

Ela destaca que estava em casa quando uma “amiga do crime” a chamou para ir até uma residência onde funcionava uma “boca de fumo”. Ao chegar ao local, as jovens foram surpreendidas por uma ação da polícia. Todos foram encaminhados à Delegacia Central de Flagrantes.

“Eu fui para a frente da casa com uma amiga minha, e lá era uma bocada. Eu sabia que lá vendia drogas. Quando fui presa, em momento algum eu sabia dessa droga. O policial falou para o delegado que era minha e em momento algum deixou eu me defender. Resolvi assumir essa droga até para proteger a minha vida, porque no mundo do crime a gente não pode estar entregando não. Hoje estou pagando por essa coisa que não é minha”, desabafa.

“Maria das Dores”, a jovem da nossa reportagem, faz parte de uma triste estatística no Brasil. Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) apontam que 62% das mulheres em presídios são presas por tráfico de drogas.

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No Acre, o número de mulheres presas chega a 515 detentas. Em regime fechado são 259 mulheres cumprindo pena em Rio Branco. Outras 196 estão na Unidade de Monitoramento Prisional (Umep). No presídio Moacir Prado, em Tarauacá, 41 mulheres cumpre pena. Já em Cruzeiro do Sul, no presídio Manoel Neri, são 19 apenadas.

Desse total, 148 mulheres foram presas em envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Os dados do Acre são do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) e foram fechados no final de abril deste ano.

Para o defensor público Luís Gustavo Medeiros de Andrade, da 10ª Defensoria Criminal de Rio Branco, o crime de tráfico de drogas é peculiar. Ele conta que a maioria das mulheres sofre influência dos companheiros ou são ameaçadas para entrarem no mundo do crime.

“Em relação a essa entrada para o crime de tráfico, eu vejo assim, com base na minha experiência: muitas delas, quando são presas com drogas na casa, geralmente é o companheiro que incentiva. O companheiro influencia mal e incentiva. A gente está tendo uma situação de muitas mulheres entrarem com drogas no presídio e isso aí acontece ou porque o companheiro pede para entrar com drogas, ou o companheiro está no presídio devendo alguma dívida para as facções criminosas e aí pede para entrar com a droga. Ou então, as próprias facções estão ligando para a mulher do preso e já estão ameaçando. É uma situação muito triste. São vítimas das facções”, comentou o defensor público.

Luís Gustavo Medeiros acrescenta que uma modalidade do crime já mais frequente em outras regiões do país começa a surgir no Acre com mais força que antes. Trata-se do uso de mulheres no transporte de entorpecentes para outras capitais brasileiras.

“De vez em quando tem acontecido, também, de mulheres tentarem sair com drogas para o Nordeste. São as chamadas ‘mulas’. Levar droga para o Nordeste no corpo, na mala. Eu já peguei uns casos assim também”, lembra.

Mulheres do tráfico: quando a esperança de ganhos fáceis substitui a liberdade
Defensor público Luís Gustavo Medeiros de Andrade

 O perfil

O que a teoria ensina, a prática aperfeiçoa. Assim tem sido a vida do defensor público Luiz Gustavo Medeiros. Ele traça um perfil socioeconômico das mulheres utilizadas pelo tráfico, assim como a jovem da nossa reportagem, “Maria das Dores”. Em sua maioria, ele cita que são mulheres de regiões periféricas, com pouca oportunidade de estudo e trabalho.

“Uma coisa que eu considero muito triste, porque são mulheres bem humildes, sem instrução adequada, que às vezes é convencida a ganhar uma pequena quantia para arriscar anos da sua liberdade. Às vezes, uma mulher leva uma quantidade muito pequena de droga, é ameaçada e vai pegar muitos anos aí de pena. É muito triste. E a gente até explica, às vezes: ‘poxa, se você conseguisse um emprego, até informal, você vai ganhar mais e não vai correr esse risco’. Mas infelizmente isso acontece”, lamenta o defensor.

 

Mulheres do tráfico: quando a esperança de ganhos fáceis substitui a liberdade
“Eu resolvi assumir essa droga até para proteger a minha vida, porque no mundo do crime a gente não pode estar entregando não”

 

 

 

 

 

 

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