Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, comprovam que houve uma redução de 41% no número de casos confirmados de meningites em 2019 em comparação ao primeiro semestre do ano passado.
Em 2018 foram confirmados 12 casos de meningite de janeiro a junho, enquanto que em 2019 sete casos foram confirmados no primeiro semestre. Dois casos suspeitos ainda estão sob investigação. No ano anterior foram registradas cinco mortes no primeiro semestre. No mesmo período deste ano ocorreram três mortes.
Os casos confirmados até agora não são suficientes para configurar que haja um surto de meningite no Acre.
Já foram confirmados em 2019 sete casos de meningite, sendo um caso de meningite viral, cinco de meningites não especificadas e um caso de meningite por haemophilus.
Dos três óbitos registrados no primeiro semestre, um ocorreu no município de Rio Branco (meningite não especificada), um no município de Tarauacá (meningite por Haemophilus) e outro em Senador Guiomard (meningite asséptica).
Embora seja uma doença que pode se tornar grave, os casos confirmados foram em localidades distintas. Além disso, após exames, ficou demonstrado que se trata de tipos diferentes da doença.
A Sesacre, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, realiza o monitoramento da doença. Quando detectado casos suspeitos, a rede estadual de saúde realiza todos os protocolos para prestar assistência ao paciente. O tratamento da doença é definido de acordo com o tipo de meningite.
A doença meningocócica (DM) no Brasil é endêmica, com ocorrência de surtos esporádicos. O meningococo é a principal causa de meningite bacteriana no país. Acomete indivíduos de todas as faixas etárias, porém, aproximadamente 30% dos casos notificados ocorrem em crianças menores de cinco anos de idade.
Os maiores coeficientes de incidência da doença são observados em lactentes, no primeiro ano de vida. Nos surtos e epidemias, observam-se mudanças nas faixas etárias afetadas, com aumento de casos entre adolescentes e adultos jovens. A letalidade da doença no Brasil situa-se em torno de 20% nos últimos anos. Na forma mais grave, a meningococcemia, a letalidade chega a quase 50%.
As meningites virais têm distribuição universal. Podem ocorrer casos isolados e surtos principalmente relacionados aos enterovírus. O aumento de casos pode estar relacionado a epidemias de varicela, sarampo, caxumba e também a eventos adversos pós-vacinais.
A meningite é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro e medula espinhal, acometendo as meninges (dura-máter, aracnóide e pia-máter).
A definição de caso suspeito de meningite se dá assim: acima de 1 ano de idade e adultos: febre, cefaleia intensa, vômitos em jato, rigidez de nuca, outros sinais de irritação meníngea, convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo. Abaixo de um ano de idade, os sintomas clássicos acima referidos podem não ser tão evidentes. Deves ser considerados a presença de sinais de irritabilidade, como choro persistente e abaulamento de fontanela.
A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda, na forma da doença invasiva, caracterizada por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningocócica frequente meningite a mais e a meningococcemia a forma mais grave.