JOSÉ PINHEIRO
O diretor-geral do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, Welber Lima, não quis comentar a respeito da denúncia que ele estaria atendendo em seu consultório particular, em horário de expediente, sendo que sua função do Pronto Socorro é dedicação exclusiva.
Ao ser questionado a respeito do assunto, ele foi taxativo: “Vou chamar uma coletiva no momento exato”. Com a objetividade da frase, subentende-se que Welber Lima tem algo além da denúncia feita a respeito de sua atuação. Ao que tudo indica, com a saída de Alysson Bestene, o diretor do maior hospital de urgência e emergência poderá deixar o cargo.
Desde que assumiu em janeiro deste ano, Welber Lima nunca escondeu os problemas vivenciados no Pronto Socorro, como a superlotação e a falta de medicamentos básicos para atender a demanda. Em março deste ano, ele já vinha relatando a necessidade de investimentos no Huerb.
“Precisamos melhorar, mas saúde faz com grana, sem dinheiro não faz saúde não (…) nós trabalhamos e não podemos nos negar de atender o paciente. Essa é a nossa realidade. A gente vai trabalhando do jeito que dá. Do jeito que podemos, do jeito que o Huerb suporta”, salientou o diretor-geral na ocasião.
Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) também não quis comentar sobre o assunto momento. Mas, a assessoria ficou de enviar à Redação um posicionamento. Até o fechamento dessa edição, a Sesacre não havia dado retorno.
Gargalos da Saúde
Em Cruzeiro do Sul na última quinta-feira, 6, o governador Gladson Cameli (PP) resolveu abrir fogo contra o setor. Durante entrevista em uma rádio local, Cameli disse que “a Saúde é um carro que está em movimento e que se furar o pneu você tem que trocar em movimento. E pra trocar esse pneu é que é o problema. E o que tem de nego puxando de um lado e de outro. E não faltam expert”, deixando entender que há forças contrárias atuando dentro da Sesacre para que o governo não alcance as metas previstas para a área.