Um requerimento apresentado pelo deputado federal Jesus Sérgio à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, que deve ser enviado ao Ministério das Relações Exteriores, pode explicar os motivos que estão por trás da indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Eduardo Bolsonaro (PSL/RJ), para assumir a Embaixada Brasileira nos Estados Unidos.
O parlamentar acreano quer saber quais motivos levaram o Ministério das Relações Exteriores a romper com a Cebraspe, ligado à Universidade de Brasília (UnB), que desde 1993 organiza os concursos para ingresso no Instituto Rio Branco, responsável pela formação de novos diplomatas. Em substituição, o governo brasileiro resolveu contratar o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades).
Jesus Sérgio quer saber, por exemplo, a forma que o Iades foi contratado. Se por meio de licitação, qual o período de vigência e o valor do contrato com o Instituto Rio Branco. Em sua justificativa, o deputado afirma, com base em notícias veiculadas na imprensa nacional, que não houve licitação.
“Notícias veiculadas pela imprensa informam que o Ministério das Relações Exteriores substituiu, sem licitação, a banca organizadora do concurso de ingresso para o Instituto Rio Branco, responsável pela formação de novos diplomatas. Informações dos mesmos veículos de comunicação dão conta que até houve discussão para que a prova fosse mantida com o Cebraspe, mas a direção do Itamaraty não abria mão de ter controle sobre o conteúdo da prova, com o intuito de evitar temas contrários à visão ideológica do atual chanceler, Ernesto Araújo”, destaca o parlamentar.