A missa de um mês de falecimento de Dom Moacyr Grechi ocorre nesta quarta-feira, 17, às 19h, na Igreja Santa Inês, localizada no Bosque. A celebração será presidida pelo Padre Massimo Lombardi e contará com a participação dos padres Enernildo e Roberto.
A ideia de realizar uma missa em memória do arcebispo emérito veio de um grupo de amigos e amigas dele. Moacyr Grechi faleceu no dia 17 de junho após internação na UTI de um Hospital de Porto Velho.
“Podemos dizer que é a comemoração do 30º dia da Páscoa de Dom Moacyr. Vamos juntar os amigos e lembrar o grande religioso e homem que ele foi. Ele foi uma figura muito importante no Acre, o trabalho dele também foi muito importante para nosso estado”, disse uma das organizadoras da missa, Julia Matias.
Matias destaca ainda a importância de Dom Moacyr na criação das Comunidades Eclesiais de Base.
Padre Massimo fala um pouco sobre a trajetória do arcebispo. “Ele era conhecido pelas lutas em defesa dos pequenos proprietários rurais, comunidades ribeirinhas, indígenas e trabalhadores sem terra. Sempre com grande apreço e cuidado pela palavra de Deus, ele sonhava estudar a bíblia em Roma, mas acabou sendo enviado para o norte do Brasil, no Acre. E se tornou em um acreano legítimo. Nesta quarta, vamos nos reunir em memória desse grande bispo, que fez a história da igreja e do Acre”.
Sobre Moacyr Grechi
Em 1949, Dom Moacyr ingressou no Seminário da Ordem dos Servos de Maria, em sua cidade natal, Turvo (SC). Em 29 de julho de 1961, foi ordenado sacerdote. Em 17 de julho de 1972 foi escolhido para ser bispo da diocese de Rio Branco (AC) pelo Papa Paulo VI.
Foi um dos criadores do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) da Comissão Pastoral da Terra, entidade que presidiu por oito anos. Destacou-se pela defesa dos indígenas, dos seringueiros e dos trabalhadores rurais. Lutou pela punição dos assassinos de Chico Mendes, que conheceu pela atuação nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s).
Foi membro delegado pela CNBB da Quinta Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho (Conferência de Aparecida), realizada em 2007, onde teve contato com Mário Jorge Bergóglio, então arcebispo de Buenos Aires, que futuramente seria Papa Francisco.
Em 29 de julho de 1998, foi nomeado arcebispo de Porto Velho, tendo tomado posse em 8 de novembro de 1998. Aposentou aos 75 anos e foi substituído em 3 de março de 2012 por Dom Esmeraldo Barreto de Farias.
Como arcebispo de Porto Velho, contribuiu para a criação da Faculdade Católica de Rondônia, da Comissão Justiça e Paz de Rondônia e para o fortalecimento dos Centros Sociais da Arquidiocese. Teve como lema: “O último de todos e o servo de todos”. (Marcos 9:35).