O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), comentou a respeito da proposta do Senado Federal de apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa a participação dos estados e municípios na reforma da Previdência.
O parlamentar disse que este será o momento de desmistificar tudo aquilo envolta da Previdência, principalmente no Acre, em que se argumenta um déficit de R$ 45 milhões mensais no pagamento de aposentados e pensionistas.
“O debate será importante para deixar claro o que pensa cada um. Demonstrar os impactos nas contas públicas a médio prazo e desnudar o falso argumento de benefícios imediatos. Os servidores públicos estaduais já contribuem com alíquota elevada, fruto de um ajuste nos últimos anos. Não há margem para aumentar essa participação”, disse o deputado.
Edvaldo Magalhães acrescentou que a base governista terá que se pronunciar a respeito dessa proposta. Ele também não descarta um levante dos servidores estaduais para que o governador Gladson Cameli não passe a aderir à nova Previdência.
“Teremos uma ótima oportunidade. Máscaras cairão. A mobilização será intensa por parte dos servidores”, destacou.
Caso a Assembleia tenha que analisar de fato, a medida coloca em maus lençóis o líder do governo, deputado Luís Tchê. Ele é do PDT, Partido de Brizola, forjado nas lutas trabalhistas. Recentemente, o presidente nacional do PDT já sinalizou punir os deputados federais rebeldes que votaram a favor do texto base da reforma. Tchê terá que ter muito jogo de cintura para atender a Gladson ao mesmo instante que não desagrade a Carlos Lupi.