A crescente onda de violência no Acre, especialmente em Rio Branco, acendeu um alerta em Brasília. No que depender da deputada federal, Perpétua Almeida, o Estado passará a contar com o apoio de tropas federais. Ela pretende protocolar, no retorno dos trabalhos do Congresso, um pedido de intervenção na Segurança Pública.
O pedido se baseia na sensação de insegurança vivida pelo acreano nos últimos anos e agravada nestes quase sete meses de 2019, com arrastões a coletivos, quase que semanais; arrombamentos e invasão de residências; execuções; assaltos e roubos de veículos.
“Se continuar essa situação na nossa fronteira, se continuar essa questão dos arrastões e tudo mais, eu vou pedir intervenção no Estado, na Segurança Pública. Se o governo do Estado não resolver nos próximos dias. Até o retorno dos trabalhos no Congresso, não tiver uma solução, ou pelo menos não melhorar, eu vou pedir intervenção na Segurança Pública do Acre. Não tem explicação para isso. Você poderia até dizer: ah, o Gladson em seis meses não consegue fazer milagre. É verdade, também acho que não, mas piorar não dá”, destaca a deputada acreana.
Perpétua Almeida disse que é necessária uma ação efetiva nas fronteiras do Acre para evitar a entrada de armas e drogas no Brasil, utilizando o Estado como rota para a prática criminosa.
“Se tem uma coisa que eu sou insistente em dizer é que os problemas da Segurança Pública no Acre: dos assaltos, da invasão nas casas, desses arrastões nos ônibus. Que horror, é quase um arrastão por semana. Nada disso será resolvido senão tratar os problemas das fronteiras. Isso tudo que está acontecendo de facção no Acre é para alimentar o crime e o crime tem haver com passagem de armas e drogas. Por que tem tanta arma hoje circulando no Acre?”, questiona.
Mesmo o pedido de intervenção tenha que partir do governador Gladson Cameli (Progressistas), a intenção da deputada Perpétua Almeida expõe a situação no Estado. Este ano, Perpétua Almeida foi recebida pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, de quem Perpétua conta com a simpatia, o que poderia facilitar a análise do pedido da comunista, que pode fazê-lo via indicação parlamentar.