A Manaus Aerotaxi venceu o processo de licitação para prestar serviços aéreos ao governador Gladson Cameli. O fretamento da aeronave executiva birreatora a jato, o famoso “jatinho”, custa R$ 18 mil por hora de voo.
Caso o governador e sua equipe usem as 288 horas previstas no edital, o Estado poderá gastar quase R$ 5,2 milhões com serviços aéreos no período de 12 meses.
Apesar da vitória da empresa no processo de licitação, ainda é necessária a homologação do contrato por parte da Casa Civil. Fato que só deve ocorrer “caso haja necessidade”, segundo nota emitida anteriormente pelo Governo do Acre.
“Importante ressaltar que, o sistema de registro de preço não obriga a contratação por parte da Administração Pública. Assim, não há serviço contratado (já que sequer é necessário orçamento para o RP). Também se reforça que o serviço, caso utilizado, será feito por hora de voo”, diz trecho da nota.
As despesas do possível contrato correrão por conta do Orçamento destinado à Casa Civil.
Conforme justificativa contida no edital, a ideia com a contratação do serviço aéreo é otimizar o tempo da equipe governamental com deslocamentos rápidos para o interior do Acre.
“A prestação de serviço a ser licitada visa atender prioritariamente a demanda de transporte e suprir o atendimento logístico necessário da estrutura organizacional do gabinete do governador com vistas a facilitar as atividades desenvolvidas, agilizando o transporte do Exmo. Sr. Governador do Estado, vice-governador, outros dignitários e servidores, bem como dar maior celeridade na resolução dos problemas com maior eficiência, segurança e com nível de qualidade aceitável, pois, como é conhecido pelo poder público, o Estado do Acre possui peculiaridades territoriais, por ser um ente federativo distante dos grandes centros do país”, diz o edital.
Vale lembrar, ainda, que em entrevista na TV o governador afirmou que não tinha interesse no jatinho já que ele possui avião particular. “Como é que eu vou falar em economia e em corte de gastos se eu vou colocar um avião a minha disposição para o Estado pagar? Não precisa”.