Com a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o texto segue para o Senado Federal e terá sua análise após o recesso parlamentar. Caso o Senado mantenha a decisão da Câmara de deixar os estados e municípios fora da reforma, os governadores e prefeitos devem trabalhar uma proposta. Nesse sentido, o governador Gladson Cameli (Progressistas) já se movimenta nos bastidores.
De acordo com a porta-voz do governo, jornalista Mirla Miranda, o governo aguarda o resultado das votações em Brasília e segue atento às movimentações e decisões no Planalto Central.
“Totalmente. Estamos aguardando os resultados. Primeiro, o governo precisa saber qual a decisão em nível nacional para poder começar a elaborar uma reforma. Mas seguimos confiantes que será ampla”, disse a porta-voz.
Recentemente, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Aleac, fez esse questionamento, sobre qual proposta o governador Gladson Cameli vai enviar ao Parlamento acreano. Segundo ele, o então governador Tião Viana (PT) já havia feito uma reforma nesse sentido. Na ocasião, o parlamentar comunista declarou.
“O Acre já fez o seu dever de casa há algum tempo. Os servidores públicos do Estado já contribuem em 14% para a previdência. O que está sendo proposto pelo Governo Federal, o Acre já pratica há mais de um ano. Portanto, quais serão as consequências dessa nova reforma para o Estado, do ponto de vista de aumentar sua arrecadação? Nenhuma”, disse o líder oposicionista.
O Governo do Acre prevê que, até dezembro, mais de R$ 500 milhões sejam desembolsados para pagar aposentados e pensionistas. O governo tem um déficit mensal de R$ 45 milhões com a previdência.