O secretário de Estado de Produção e Agronegócio, Paulo Guilherme Salvador Wadt, esteve ontem, 10, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), para explicar as denúncias feitas contra ele pela deputada federal Mara Rocha (PSDB/AC). Mara acusou Wadt, entre outras coisas, de nomear sócios e funcionários de uma empresa dele na Sepa, coação de servidores e intimidação a produtores rurais.
Ao falar com os jornalistas, Paulo Wadt demonstrou tranquilidade. Disse não haver crise com a classe política. Quanto à Mara Rocha, ele relatou que não entende os motivos que levaram a deputada a agir dessa forma.
“Sinceramente, eu também não sei. Não sei se eu não correspondi à expectativa dela em relação à forma de atuação, se eu não correspondi aos interesses dela do ponto de vista a ver o encaminhamento para o agronegócio e, assim, para o setor rural. Não sei o que aconteceu, ou se foi pressão por causa de desentendimento de alguma falta de dialogo”, disse o secretário.
Sem medo de sofrer retaliações por parte do seu partido, o PSDB, Paulo Wadt disse que faltou ‘maturidade’ dentro da sigla para dissipar o atrito entre Mara Rocha e ele, o que poderia ter evitado um desgaste público.
“Não sei onde que houve a falha do diálogo, mas eu, no meu ponto de vista, acredito que houve pouca maturidade do partido. O partido deveria trabalhar de forma mais coesa para trazer o diálogo. Inclusive porque hoje na Secretaria está dividido né. O PSD e o PSDB tem o mesmo número de cargos. Há inúmeras pessoas dentro da secretaria que poderia facilitar esse diálogo e talvez não tenham contribuído, mas não foi, em nenhum momento, falta de disposição minha. Inclusive, eu coloquei o meu celular à disposição da Assembleia para ver como eu trato as pessoas”, disse ele.
Paulo Wadt acrescentou que transita bem no meio político, tanto na oposição, quanto na base de apoio ao governo. Ele mencionou que sempre esteve aberto ao diálogo e fez da Secretaria de Produção e Agronegócio um espaço para atender a todos, seguindo uma determinação de Gladson Cameli (PP).
“Não vejo conflito com a base política. Há um conflito que não fui eu que criei e que foi talvez da má condução, da falta diálogo, mas jamais eu. Na verdade, essa de que o Petecão me apoia ou não me apoia, temos uma administração juntos na Secretaria, que tanto a Cageacre, como o Idaf e agora a Emater vão ter liberdade de trabalho. É um conjunto de forma harmoniosa”, salientou.
Ao final da coletiva, Wadt acrescentou que deve obediência ao governador Gladson Cameli. “Eu não vim aqui para fazer outra coisa senão obedecer ao governador Gladson Cameli. Não sou político. Vim trabalhar para um governo. Não está havendo conflito com ninguém. O governador quer um governo para todos”, ressalta.