Se depender do líder da oposição, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), os debates na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) devem pegar fogo neste segundo semestre. O líder do governo, deputado Luís Tchê (PDT), e parlamentares deverão ter muito trabalho pela frente e jogo de cintura para responder a todos os questionamentos.
Edvaldo Magalhães acentuou que, no primeiro semestre, o governador Gladson Cameli (Progressistas) recebeu um “bônus” por estar assumindo o Executivo pela primeira vez, montando sua equipe. Mas, após os seis meses de mandato, se encaminhando para o oitavo agora, na verdade, não se pode protelar nas cobranças mais incisivas.
“O primeiro semestre serviu para a delimitação dos campos. Cada um foi buscando um jeito de se posicionar, no tocante à ação individual. Os blocos (governistas, oposição e independentes) foram se compondo. Ainda estão em formatação final. Mas, já temos os campos delimitados. Haverá mutações pontuais. Agora entraremos numa nova fase. O aprofundamento das questões. Os prazos naturais foram dados. Hora de resultados”, disse o líder oposicionista, que promete tirar o sono de Gladson Cameli.
Para Edvaldo Magalhães, o governo de Gladson Cameli precisa dizer “para que veio”. “A ação da oposição, na minha opinião, deve focar na cobrança dos primeiros e necessários resultados. O governo precisa sair da fase do experimento”.
O parlamentar acrescentou que pretende atuar com firmeza, porém sem ser intolerante com as questões que merecem atenção. “Nova fase, novo tom. Sem sectarismo, mas com firmeza”, pontuou.
Já Roberto Duarte (MDB), líder do bloco independente, que reúne a deputada Meire Serafim (MDB) e o deputado Fagner Calegário (Sem Partido), adiantou que pretende continuar atuando com independência, sem atrelamentos ao governo Gladson.
“Continuaremos fazendo o nosso trabalho da mesma forma, visando sempre defender os interesses da nossa população. Costumo dizer que não sou oposição, mas tenho posição”, pontuou Roberto Duarte.