O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) se reuniu com a cúpula de governo para negociar a situação dos servidores que já se arrasta há sete meses. Desta vez, o sindicato deu o ultimato. Se não houver resposta e concessão concreta das demandas até o dia 31 de julho estará encerrado o diálogo. As tratativas passarão a ser em estado de greve. O encontro ocorreu na Casa Civil e teve a participação da Secretaria de Relações Políticas e de representantes da Sesacre.
As reivindicações são muitas, mas o governo, na avaliação do Sintesac, não tem se mostrado sensível às demandas dos trabalhadores em Saúde. Desde o início de sua gestão, Gladson Cameli e sua equipe ainda não avançaram nas negociações com as categorias. “Mais uma tentativa. Depois de muita discussão e cobrança, deu para ver que eles não têm nada para nos oferecer”, relatou o presidente do Sintesac, Adailton Cruz, frisando que acabou a paciência da entidade sindical.
Durante as conversas, Adailton Cruz apontou ter ficado claro que o governo não tinha uma agenda definida de negociações, nem sequer, qualquer contraproposta. “Deixamos claro que não iremos mais aceitar protelamentos. Já estamos com material pronto e agora vamos mobilizar todo mundo. Será uma greve com data de início, mas sem previsão de término”, avisou o presidente do Sintesac.
Reivindicações – O Sintesac reivindica diversas pautas. A principal delas é a reformulação integral do PCCR, para restabelecer o poder de poder de compra e tornar o salário mais justo e forte, “Com muita relutância, cobramos um posicionamento efetivo, sério e definitivo sobre nossas demandas, que são: Etapa Alimentação, reformulação do PCCR, reintegração dos irregulares no PCCR e a regulamentação do Pró-Saúde”, pontuou Cruz.
Agendas – Conforme Alysson Bestene, representante do governo, a prioridade é a Etapa Alimentação e a situação dos irregulares. Essas são questões distintas e devem ser negociadas de forma separada. Sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, será levantado por cada sindicato as demandas e depois disso será realizado um novo calendário para negociar essas questões.
“Essas situações são prioridade (inclusive o Pró-Saúde), por isso tudo será tratado de forma separada”, declarou.
Greve – O sindicato se posicionou que não há mais o que esperar. Chegou o momento de decidir o que será feito. “Nossa mobilização para a greve continua a todo vapor, estarei indo para Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves” garantiu Adailton.
No próximo dia 29 de julho, haverá outra agenda, especificamenre sobre o Pró-Saúde e sobre a Etapa Alimentação.