Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Suspensão de contratos com laboratórios não deve afetar estoque de remédios no Acre, diz Sesacre

Suspensão de contratos com laboratórios não deve afetar estoque de remédios no Acre, diz Sesacre

29/08/2017- Bahia- Bahiafarma é o primeiro laboratório do Nordeste a produzir insulina.rFoto Mateus Pereira/GOVBA

A suspensão de contratos por parte do Governo Federal com sete grandes laboratórios públicos para produção de 19 medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não deve afetar o estoque de medicamentos do Acre, segundo o chefe de Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Rachid Neto.

Entre os remédios da lista de distribuição gratuita está a insulina, além de medicamentos para câncer e transplantados. O projeto de Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs), responsável pelos acordos com os laboratórios, entrega tais remédios ao governo a preços 30% menores do que os de mercado.

A notícia gerou polêmica e deixou muita gente que depende da distribuição gratuita dos remédios com medo de faltar medicamentos na rede pública.

Contudo, Rachid Neto explica que o Ministério da Saúde não está suspendendo o fornecimento de medicamentos, apenas fazendo a suspensão de parcerias com laboratórios.

“O MS está adquirindo os medicamentos de outros laboratórios parceiros para não afetar a distribuição”, disse em nota.

Ainda segundo Neto, o Estado possui estoque suficiente para atender a demanda de pacientes que precisam de insulina pelo período de três meses, sendo que a Sesacre receberá nova remessa antes do fim desse prazo.

Com relação aos outros 18 medicamentos, o chefe garantiu que a Sesacre possui estoque regular para três meses “como é de costume o fornecimento pelo Ministério da Saúde”.

O MS, por sua vez, informou que está comprando esses medicamentos “por outros meios previstos na legislação” para garantir o abastecimento da rede.

“A medida, portanto, não afeta o atendimento à população. A maior parcela das PDPs em fase de suspensão sequer chegou à fase de fornecimento do produto”, afirma em nota à imprensa.

Conforme o MS, desde 2015, mais de 40 PDPs passaram por processos de suspensão. Hoje, 87 parcerias com o governo estão vigentes.

“Trata-se de uma medida regular e recomendada pelos órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU), além de estar prevista no marco regulatório das PDPs e realizada com normalidade. Toda e qualquer parceria que estiver em desacordo é suspensa para avaliação”, diz a nota.

A reportagem tentou falar com a presidência da Associação dos Diabéticos do Acre (Adac), mas até o fechamento desta edição não teve retorno.

 

Sair da versão mobile