O Governo do Estado do Acre estabeleceu a próxima terça-feira, 6, dia em que é celebrado o aniversário de 117 anos do início da ‘Revolução Acreana’, como data para inaugurar as obras de verticalização do Pronto Socorro de Rio Branco. A ideia é que a população possa comparecer em massa à festa de inauguração, já que será feriado estadual.
O novo hospital contará com 119 novos leitos em cinco andares e um heliponto no sexto pavimento. A uma semana para a entrega, operários trabalham dia e noite na instalação elétrica, na pintura dos ambientes e no acabamento da alvenaria, como pôde constatar uma comissão do Governo do Estado que esteve na unidade, nesta terça-feira, 30.
Iniciada há nove anos a um custo de R$ 20,1 milhões, a obra do novo Pronto Socorro sofreu inúmeras interrupções, sobretudo por erros estruturais graves que tiveram de ser reparados neste governo Gladson Cameli.
Por isso, a dificuldade de cumprir com os trâmites da legislação que regula esse tipo de obra fez com que ela tivesse que passar por três empresas diferentes, ao longo de quase uma década, e quase sempre esbarrando em entraves burocráticos, para que pudesse finalmente ser concluída neste mês.
“Estamos contentes com o que vimos aqui. Percorremos todas as alas, estivemos em todos os setores e o que ouvimos dos diretores da Saúde foram palavras de otimismo e de confiança por um atendimento de qualidade e dignidade para a nossa população”, destacou o secretário da Casa Civil, José Ribamar Trindade.
Trindade esteve percorrendo as obras com o secretário de Articulação Política e Institucional, Alysson Bestene, com a diretora de Assistência Médica, Fabíola Helena de Souza e com assessores da secretária de Saúde, Mônica Feres. Participaram também da visita às obras a secretária de Estado de Comunicação, Silvânia Pinheiro, a porta-voz do Governo, Mirla Miranda e a chefe do Cerimonial do Gabinete Civil, Izabel Barros. Trindade representou o governador Gladson Cameli na agenda, por ele estar em compromissos com o Governo Federal em Brasília.
Uma das principais facilidades será o heliponto, no 6º andar, que já está pronto, faltando apenas o balizamento para pousos e decolagens como exige a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac. O serviço aéreo permitirá, por exemplo, o resgate de pessoas acidentadas em qualquer região do estado, inclusive nas áreas mais remotas da Floresta Amazônica. O local ganhou também uma rampa provisória para os pacientes com transferência imediata, se for caso, aos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] instalados ligeiramente abaixo do ponto de pouso, no 5º pavimento.
Neste andar estão dez UTIs, sendo duas de isolamentos, que poderão servir para pacientes queimados, por exemplo. Outros 109 leitos estão distribuídos pelo segundo, terceiro e quarto andares, permitindo que pacientes atendidos pelas diversas especialidades tenham um dos espaços mais moderno de acolhimento hospitalar da Amazônia.
As mudanças também passam pela ampliação do estacionamento e pela demolição de alas que vão se tornar obsoletas, já que vão funcionar no novo prédio. Entre elas está a do velho setor de atenção a pessoas com transtornos mentais e que têm necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
O número de leitos distribuídos por pavimentos
2º andar
Possui 39 leitos, onde funcionarão a clínica cirúrgica ‘B’, sendo três leitos destinados a crianças pós-cirurgiadas. É neste andar também que 36 leitos serão destinados para cirurgias ortopédicas.
3º andar
Também com 39 leitos, será neste pavimento que funcionará a clínica cirúrgica ‘A’. Neste andar, três leitos serão destinados ao tratamento de pessoas queimadas. A exemplo do 2º, neste aqui há ainda três leitos para crianças pós-cirurgiadas, sobrando 33 leitos para a cirurgia geral.
4º andar
Com 31 leitos, será neste andar que funcionarão 14 leitos de clínica médica masculina, outros dois de isolamento para homens, além de 13 leitos de clínica médica feminina com dois leitos de isolamento para mulheres.
5º andar
Conta com dez leitos de UTI, sendo dois para pacientes que precisam de isolamento. Ali, funcionarão provisoriamente quatro leitos da unidade de dor torácica e quatro leitos pós-cirúrgicos.