Passou dos limites essa contenda entre a juíza de Execuções Penais, Luana Campos, e a direção do Iapen, com troca de graves denúncias, e instâncias superiores precisam intervir para restabelecer a ordem e o bom senso antes que ocorra alguma tragédia de consequências imprevisíveis.
Mesmo com a decisão do Tribunal de Justiça, que suspendeu a decisão da juíza de permitir a instalação de rádios e televisão em todos os pavilhões da penitenciária, a questão não foi resolvida, a julgar pela troca de acusações dos dois lados.
Como se divulgou, a juíza chegou a denunciar que a direção do Iapen estaria alimentando ou fomentando rebeliões de presos para obter mais recursos federais que, segundo ela, não se sabe como são aplicados.
Ora, trata-se de uma denúncia grave, gravíssima, a julgar pelo fato de que essas rebeliões sempre acabam em carnificinas com dezenas de presos feridos ou até assassinados, como já se assistiu aqui e em outros estados.
Por isso, a necessidade urgente de instâncias superiores intervirem para cessar essa contenda. E quando se fala em instâncias superiores está-se falando do Governo do Estado, que é o responsável, em última instância, pela administração dos presídios, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.
O governador do Estado e o presidente do Tribunal de Justiça não podem fingir ou omitir-se de que não estaria acontecendo nada. A situação é grave, gravíssima.