O deputado Jenilson Leite (PCdoB) voltou a falar durante sessão desta quinta-feira, 8, sobre os problemas observados por ele na Fundação Hospital Estadual (Fundhacre). O parlamentar pontuou que o descaso no local é tão grande que o governo pode vir a responder por crime contra a vida.
Jenilson Leite destacou que com a retirada dos médicos anestesistas do Hospital, a vida de várias pessoas foi colocada em risco. Ele cita o caso de pacientes com câncer que fazem tratamento paliativo e que usam uma medicação que só pode ser aplicada por esses especialistas. Falou também sobre pessoas que estavam há anos aguardando para serem submetidas a cirurgias e foram mandadas para suas respectivas casas sem a realização do devido procedimento.
“O mais grave é que a fila cirúrgica é muito grande. Os pacientes que estavam aguardando há anos chegaram ao balcão do hospital e receberam a informação de que não fariam mais a cirurgia. Tem gente na UTI que deveria ter sido operada e acabou piorando devido ao atraso. Crianças com câncer que precisavam ser cirurgiadas. Muitas pessoas fazem tratamento apenas paliativo, e eram os anestesistas que aplicavam essa medicação que amenizava suas dores. Esses pacientes agora estão até mesmo sem isso”, lamentou.
O parlamentar disse que a secretária de Saúde, Mônica Feres, agiu de forma autoritária e unilateral, e que ela sequer consultou o superintendente da Fundhacre, Lúcio Brasil, antes de retirar todos os anestesistas do Hospital. Jenilson finalizou seu discurso afirmando que muitas vidas podem ser perdidas por conta dessa decisão e que tanto a secretária como o governo poderão responder judicialmente por isso.