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“É burrice fechar os olhos”, diz Perpétua Almeida sobre queimadas na Amazônia

“É burrice fechar os olhos”, diz Perpétua Almeida sobre queimadas na Amazônia

As queimadas na Amazônia chamaram a atenção do mundo quando a agência espacial americana (Nasa) divulgou imagens de focos de incêndios captadas pelos satélites. A Nasa informou em sua conta de Twitter que “é perceptível o aumento de focos de queimadas grandes, intensas e persistentes ao longo das principais rodovias no centro da Amazônia do Brasil”.

Outro dado demonstra como a floresta Amazônia tem sido devastada. Segundo Inpe, houve um aumento de 278% no desmatamento em julho, com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os índices de queimadas, as imagens do fogo e a cortina de fumaça que cobre estados do Norte do Brasil, sobretudo o Acre, repercute no mundo inteiro.

A deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) destaca a fala do ex-ministro, jurista e diplomata, Rubens Ricupero, que afirmou que “jamais tivemos, nos últimos 50 anos, um desastre de imagem tão catastrófico e irreparável como esse.

“É inocência, pra não dizer completa irresponsabilidade, achar que a maioria da população mundial não está atenta à questão da devastação do planeta. A Amazônia, cujas florestas viraram um símbolo internacional, tem sua importância para a sobrevivência dos seres vivos no planeta”, disse a parlamentar.

Segundo Perpétua, os mais afetados com o desmatamento e queimadas são os pequenos produtores, índios, seringueiros e ribeirinhos.

“O Acre, seu governador e suas autoridades, não podem desconhecer isso. Quando se deixa correr solto o desmatamento predatório, as queimadas não autorizadas, causando devastação na floresta, quem mais sofre são os pequenos, aqueles que vivem do que a terra lhes dá. São os grandes, que visam o lucro, que causam a destruição da biodiversidade e desequilíbrio ambiental”.

A parlamentar critica a falta de campanhas de prevenção de queimadas por parte do governo do Acre este ano. E fala sobre como os grandes índices de desmatamento podem afetar o mercado de exportação.

“Há que se ter um exaustivo trabalho anual de prevenção neste período de secas, tanto contra a combustão voluntária, provocada pela falta de chuvas e tempo seco, quanto contra o fogo e as derrubadas ilegais porque, na sua maioria, são criminosas e crime precisa ser punido. Essa prevenção não ocorreu no Acre este ano. Agora, o governo corre atrás do prejuízo. A cada matéria citada nos grandes jornais do Brasil e nos jornais internacionais, o Acre está entre os estados que se descuidaram. É burrice fechar os olhos e não perceber o tamanho do prejuízo na imagem do Estado”.

“Isso é péssimo para quem vive da exportação de carnes, madeira e outros produtos produzidos na floresta. O povo está mais exigente e não quer consumir produtos vindo de áreas onde o meio ambiente não é respeitado. É bom que fiquem atentos! O Congresso Nacional e os tribunais internacionais já falam em punir os descuidos”, acrescenta.

 

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