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“Estamos diante de criar um colapso no abastecimento de água”, diz Edvaldo Magalhães sobre o Depasa

Edvaldo Magalhães(PCdoB)

Em discurso, durante a sessão de ontem, 20, na Aleac, o líder da oposição, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) apresentou um requerimento convocando à secretária de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Maria Alice de Araújo, e um representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para discutir junto à Comissão de Serviço Público, a qual ele preside, sobre um edital de concurso simplificado para os trabalhadores do Depasa.

Edvaldo Magalhães, que já presidiu o Depasa no governo Tião Viana (PT), disse que é necessário levar em consideração a experiência dos trabalhadores que estão há mais de 20 anos trabalhando no sistema de captação, tratamento e distribuição de água no Acre. Ele pontuou que não se pode fazer um certame observando apenas a letra fria da lei, mas sim um concurso que seja legal e que promova justiça social.

“O edital é marcado por ilegalidades e por injustiças. Não quero colocar o carimbo em ninguém, mas esse edital simplesmente esquece essa história, não pontua a experiência e faz um concurso como se faz para qualquer outro serviço. Podemos ter um bacharel em Direito para cuidar da operação de uma estação de tratamento, de captação de água. Ele vai tirar 100 pontos na prova, mas não vai conseguir fazer o motor captar água”, disse o parlamentar.

Para o parlamentar acreano, o Acre está diante de um colapso no sistema do Depasa, caso o concurso seja executado da forma em que está proposto. Ele quer uma discussão ampla para encontrar um caminho legal para o problema.

“Estamos diante de criar um colapso no abastecimento de água no nosso Estado, por conta desse olhar, da falta de sensibilidade. Não quero propor nenhuma ilegalidade. Não faria isso. Tenho responsabilidade. O que quero propor é que discutamos aqui no âmbito da Assembleia Legislativa o caminho da legalidade e fazer justiça pontuando a experiência no critério de classificação desse processo seletivo”, disse o deputado comunista.

Finalizando a sua fala na tribuna, Edvaldo disse que “existe um clima de desespero. Tem um pânico hoje instalado entre os servidores. E a gente precisa fazer uma discussão maiúscula para que possamos encontrar o caminho da legalidade e da justiça. Portanto, peço a aprovação desse requerimento para que possamos fazer a discussão essa semana”, disse o parlamentar.

A Gazeta do Acre: