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Sob o cabresto

Depois da intensa repercussão nacional e internacional sobre as queimadas na Amazônia, o presidente da República e governadores da região decidiram, mesmo sob cabresto, tomar algumas medidas para conter o avanço do fogo e a devastação.

Estúpidos e ignorantes, o presidente, seu ministro do Meio Ambiente e alguns governadores da região não entenderam que a Amazônia, com sua rica biodiversidade, representa para as nações civilizadas uma das reservas mais importantes do planeta a ser preservada e estão dispostas a colaborar com montantes significativos de recursos para preservá-la, como já vinham fazendo a Alemanha e a Noruega.

Nesses oito meses de suas desastrosas gestões, ao invés de manter o que vinha dando certo, não só cruzaram os braços, como passaram a incentivar que os produtores rurais tocassem fogo visando, sobretudo, o agronegócio da pecuária e da soja, recomendando inclusive que não pagassem as multas previstas na legislação pelos órgãos de fiscalização.

Resultado dessa irresponsabilidade: a maioria dos estados da Amazônia transformou-se numa imensa queimada, com a repercussão que se viu. E por uma dessas ironias, até os maiores produtores de soja, da pecuária estão a reclamar que poderão ter grandes prejuízos com o boicote assinalado por alguns países em suas exportações de carne e grãos.

Agora, como se assinalou, diante da repercussão e desses prejuízos, foram obrigados a acionar até as Forças Armadas para combater o fogo e a devastação.

A Gazeta do Acre: