Após a secretária de Saúde, Mônica Machado, determinar o remanejamento de médicos da Fundação Hospitalar para o Pronto Socorro de Rio Branco, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre esteve na Fundhacre na última semana. A visita gerou um relatório que foi entregue na tarde de ontem, 13, à Promotoria Especializada em Saúde do Ministério Público do Acre (MP-AC), informando a respeito das condições encontradas no maior hospital em especialidades clínicas do Acre.
O documento levou em consideração o relato do diretor-presidente da Fundação Hospitalar do Acre, Lúcio Brasil. De acordo com o presidente da Comissão de Saúde da Aleac, deputado Jenilson Leite (PSB), a medida de Mônica Machado, sem comunicar Lúcio Brasil, previamente, trouxe consequências “desastrosas” para os pacientes que ali buscam atendimento.
Jenilson Leite pediu o comprometimento do governador Gladson Cameli para resolver o problema e fez coro com o deputado José Bestene (PP). Este último, pela parte da manhã de terça-feira, fez duras críticas ao modelo de gestão implantado por Cameli na Saúde do Acre.
“Então, politicamente, eu espero que o governador e o Bestene se resolvam, mas também que resolva o problema da população, que neste momento pede socorro para que o governo volte a mandar anestesista para a Fundação, para operar aquelas pessoas que esperaram há mais de 1 ano, 2 anos. E aí não estou dizendo que a culpa é só deste governo. Estas cirurgias vêm se arrastando faz tempo. Isso é o cúmulo do absurdo. Um dos maiores que já vi. As últimas informações que eu tenho é que estão sem anestesistas para tocar o serviço na quantidade que vinha sendo feita, que era 25 cirurgias por dia”, disse o parlamentar acreano.