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Deputados rebatem Gladson Cameli sobre suplementação de R$ 700 mil para a Aleac

A declaração do governador Gladson Cameli (Progressistas) sobre o pedido de crédito suplementar no valor de R$ 700 mil por mês para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) gerou mais uma crise. Dessa vez, sua declaração afrontou até base governista na Aleac.

Em coletiva de imprensa na quarta-feira, 31, Cameli disparou: “Pediram R$ 700 mil por mês de verba suplementar na Casa Legislativa. Decidi que vou dar esse recurso para a Saúde que está precisando muito mais”, disse.

O presidente da Aleac, o deputado Nicolau Júnior (Progressistas), tentou amenizar a declaração do governador dizendo que “errar é do ser humano”.

“Nós sabemos do trabalho do governador, das dificuldades e do tanto que ele quer acertar no governo. Ele vai continuar tendo todo apoio da Assembleia. Essa questão da suplementação é legítima por que quando a gente faz o orçamento no começo do ano, não é um valor exato por que só vamos saber no final do ano. Mas, é um momento de muito trabalho e pode ter sido que o governador tenha falado isso. Mas, tudo bem, o Poder Legislativo está aqui para ajudar o governo, e nós temos que ter união”.

O deputado Roberto Duarte (MDB) também falou sobre o posicionamento do governador e pediu uma retratação em nome da Casa.

“Como ele falou parece que o Legislativo está tirando dinheiro da Saúde. Nós não queremos uma crise institucional, nem uma crise política, mas o governador precisa se retratar desse posicionamento dele. Uma vez que, essa suplementação é um direto do Legislativo, não é um favor”, afirma.

Já o deputado da oposição Edvaldo Magalhães (PCdoB) mostrou insatisfação com a atitude do governador que, segundo o parlamentar, criou três problemas com sua declaração.

“Não criou nenhum para nós da oposição, mas sim um problema político para o próprio governo. O primeiro deles é que ele deixou a sua base sob suspeição. O esforço que o líder do governo tem feito nos últimos meses para tentar juntar e consolidar uma base, ele jogou por terra”.

E acrescentou: “E mais ainda, humilhando. Dizendo que quem quisesse pegar uma carona por não conhecer um jatinho, podia usar. O problema maior foi com relação à Mesa Diretora, foi um desrespeito muito grande ao presidente da Casa e a Mesa Diretora”, dispara Magalhães.

 

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