O assunto que pautou a sessão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira,14, foi Saúde Pública, especificamente as condições do novo Pronto Socorro de Rio Branco, entregue no último dia 6 de agosto pelo governador Gladson Cameli (PP). Um dia após entregar um relatório à Promotoria Especializada em Saúde do Ministério Público do Acre, a respeito do estado em que se encontra a Fundação Hospitalar, sem médicos anestesistas, o deputado Jenilson Leite mirou o seu discurso contra a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
O parlamentar trouxe para a tribuna fotos da parte interna do novo hospital. Os corredores tomados de leitos. Embora, o governador Gladson Cameli tenha dito que esta seria uma cena não mais vista pelos usuários do SUS. Nesse sentido, Jenilson pediu que Cameli faça mudanças na gestão da Sesacre.
“Como é que se monta um novo prédio e continuam os mesmos problemas? Fui chamado por conta que há pessoas no terceiro piso esperando o maqueiro para ir buscá-las para fazer exames, só que não tem maqueiro. Você vê aí o corredor cheio de macas. A conclusão que se chega é que se trata de falta gestão. O governo pode contratar uma nova equipe, porque esta não está dando conta de resolver os problemas que precisam”, enfatiza Jenilson Leite.
Mas o discurso do novo socialista foi rebatido pelo líder do governo, deputado Luís Tchê (PDT). Tchê explicou que, ao ser dada a ordem de serviço para a demolição do prédio antigo para a construção de um novo bloco, os pacientes foram remanejados para o prédio novo. Ou seja, é natural que toda reforma tenha seus transtornos. Ele lembra que os pacientes estão sendo atendidos. Ao falar sobre o serviço de maca, o pedetista reconheceu a deficiência nessa área. Disse que um novo concurso já foi realizado no último domingo, que deverá preencher essa lacuna.
A fala mais inflamada veio do deputado José Bestene. Para o progressista, é absolutamente normal que pacientes sejam atendidos nos corredores, principalmente em unidades que atendam emergências, como é o caso do PS.
“Em todos os Estados você vai ver macas nos corredores. Principalmente em um Pronto Socorro, que é de emergência. Você vai ver pacientes nos corredores, mas os pacientes estão sendo assistidos. A direção não pode, de maneira nenhuma, devolver o paciente. Então isso é normal, em função do grande fluxo que recebe ali o Pronto Socorro”, disse Bestene.