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Queimadas no Acre: repercussão mundial, aumento de incêndios, protesto e interrupção de jogo

O índice de queimadas no Acre continua aumentando e ganhando cada vez mais notoriedade por parte de lideranças mundiais. A edição do The New York Times desta segunda-feira, 26, traz na capa um artigo intitulado “A devastação da Amazônia por todo o Brasil”. O texto cita estados da região Norte, inclusive o Acre.

Entre junho e agosto, foram registrados 2.281 incêndios em Rio Branco. Só este mês foram 1.109, o que representa um aumento de 242% com relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão, neste final de semana foram registradas 220 queimadas urbanas na Capital, sendo que o maior número de incêndios foi na sexta-feira, 23, com 88 ocorrências.

“Esse foi o final de semana que teve mais ocorrências, já tivemos números bem próximos, mas a diferença foi que nesse final de semana pegamos incêndios muito grandes”, disse.

Um incêndio de grandes proporções chegou a comprometer uma partida de futebol no domingo, 25, no Florestão. O jogo entre Atlético-AC e Luverdense, pela série C do Campeonato Brasileiro, precisou ser paralisado por causa da fumaça, que invadiu o estádio. A interrupção de aproximadamente sete minutos ocorreu no começo da partida. Cerca de 10 hectares de mata foram devastados.

No mesmo dia, enquanto a fumaça tomava conta do estádio de futebol, ativistas, ambientalistas e estudantes foram às ruas do Centro de Rio Branco protestar contra as queimadas na Amazônia.

Com máscaras de proteção e cartazes, os manifestantes pediam a preservação da floresta. O ato batizado de Empate pela Amazônia teve concentração na Praça Povos da Floresta, onde há uma estátua do ativista Chico Mendes.

Capital registra 7 mm de chuva

A chuva que caiu em Rio Branco na madrugada desta segunda-feira, 26, amenizou a situação de seca. Foram 7 mm de chuva em um intervalo de quatro horas. Pela manhã, a umidade relativa do ar chegou a 70%, mas à tarde essa situação já havia mudado.

“Essa chuva melhorou, mas momentaneamente. Logo volta tudo como estava antes. Isso não durará muito. Já voltaremos para abaixo de 30%”, afirma Falcão.

De acordo com o major, a partir desta segunda, 26, serão intensificadas as ações de fiscalização, repressão e rondas por parte dos órgãos e departamentos ambientais.

“Com as medidas novas de fiscalização, repressão e rondas, esperamos que melhore essa situação e que a população pare de queimar. Em relação ao clima, não há expectativa de melhoras até o final deste período”.

O Comando do Corpo de Bombeiros suspendeu as férias e folgas de todo o efetivo do Estado. Além disso, a chegada das Forças Armadas, na próxima semana, deve ajudar a diminuir os impactos.

Rio Acre – Sem acúmulo significativo de chuvas, a situação do Rio Acre em Rio Branco também não é boa. Em alerta máximo desde o início de agosto, o manancial marcou 1,52 metro nesta segunda.

 

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