Uma determinação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) obriga, sob pena de multa, que todas as salas de cinema do paísofereçam acessibilidade para deficientes visuais e auditivos. O prazo final é até o dia 1º de janeiro de 2020.
Porém, até o dia 16 de setembro deste ano, os exibidores precisam ter atingido a meta de 35% das salas dos grandes complexos e 30% das salas dos grupos menores.
Em Rio Branco, as seis salas de cinema do Cine Araújo estão em processo de adaptação, segundo a gerente Deuzirene Neri.
“Estamos trabalhando para isso e dentro da legislação. Até o prazo estipulado, que é janeiro de 2020, todas as nossas salas contarão com acessibilidade. Essa é uma determinação nacional e nós estamos em processo de adequação”, afirma.
A gerente não informou se a empresa conseguirá cumprir a meta de 30% das salas com acessibilidade até setembro.
De acordo com a Ancine, o primeiro prazo para o cumprimento das metas, com a exigência de 15% das salas de grandes complexos, encerrou no dia 16 de junho. No Norte, apenas quatro cinemas no Pará e um em Rondônia alcançaram a meta. O próximo levantamento será divulgado no começo de setembro.
Acessibilidade no cinema
Ainda segundo informações da Ancine, as exigências de acessibilidade para o setor de cinema no Brasil começaram em 2014, com a obrigatoriedade de todos os filmes produzidos com recursos públicos oferecerem adaptações para cegos e surdos. E desde junho deste ano todos os filmes, inclusive estrangeiros, já estavam adaptados.
A gerente do Cine Araújo de Rio Branco destaca que a empresa já recebeu alguns longas adaptados ao público de deficientes visuais e auditivos. “Algumas marcas, inclusive, já disponibilizaram alguns materiais”.
Ainda não há dados oficiais sobre a utilização dos recursos de acessibilidades nas salas que já aderiram à determinação. No Brasil, 22 estados e o Distrito Federal já contam com recursos de acessibilidade.