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GAZETINHAS – 12-09-2019

*E a semana segue tensa, pesada, com os desdobramentos da greve da Saúde estadual.
*E de volta vem aquela terrível constatação, pessimista, mas verdadeira:
*O que está ruim sempre pode piorar mais um pouquinho.
*Com o atendimento reduzido em até 40% e o portão do Pronto Socorro fechado, durante o dia de ontem, centenas de pessoas procuraram a unidade de Saúde e voltaram para casa sem atendimento.
*Quem diria, após a inauguração pomposa do último mês:
*Um prédio daquele novinho, que tanto demorou para ser viabilizado, e agora nem os serviços ambulatoriais básicos, de maior demanda, estão sendo realizados.
*A que ponto chegamos…
*Após a confusão da terça-feira, que quase acabou em troca de sopapos, entre o diretor da Sesacre e o deputado Jenílson Leite, servidores voltaram a ocupar o prédio da secretaria, na manhã de ontem.
*Mas, uma decisão surpreendente da Justiça, no meio da tarde, pode definir novos rumos para o movimento grevista.
*Atendendo a um pedido da PGR, a desembargadora Denise Bonfim determinou a desocupação do local pelos manifestantes;
*E estabeleceu uma multa de R$ 15 mil por hora de paralisação, caso a greve seja mantida.
*Urra!
*Na liminar, a desembargadora não chegou a classificar a greve como “ilegal”;
*Porém, citou uma decisão precedente do STF, que considera a prevalência do direito à saúde e segurança da coletividade sobre o direito de greve dos servidores que trabalham nessas áreas essenciais.
*O que, de certo modo, faz muito sentido.
*Pelo bom senso, chega a ser inconsequente declarar greve “por tempo indeterminado” em atividades nas quais se está em jogo a vida da população.
*Ainda mais, considerando-se o caos atual em que se encontra a Saúde Pública do Acre.
*Por outro lado, como ficam os profissionais que não estão sendo ouvidos, tampouco atendidos em suas demandas igualmente essenciais?
*Ora, deveria haver uma decisão judicial que também obrigasse o governo a cumprir com suas promessas e obrigações para lhes garantir condições de trabalho dignas.
*Enfim.
*Ainda sobre o assunto, vale abrir um parênteses para o comentário do deputado Daniel Zen sobre a postura do governo local (e nacional) para lidar com os trabalhadores:
* “Os governos de Jair Bolsonaro e Gladson Cameli, apesar de eleitos pela via democrática, com o discurso da mudança, são extremamente autoritários”…
*E continua:
* “Não conseguem realizar as mudanças prometidas e fazem de tudo para calar e manchar a honra daqueles que os criticam”.
*Enquanto isso, na Alemanha…
*É fogo ó!
*Cri cri cri.
*A conferir no que vai dar.

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