Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Jenilson Leite diz que greve anunciada por servidores da saúde representa catástrofe do setor

Jenilson Leite diz que greve anunciada por servidores da saúde representa catástrofe do setor

Na sessão desta quarta-feira, 4, o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Jenilson Leite (PSB) disse que a greve que os servidores da Saúde estão pretendendo fazer no início da próxima semana representará uma “catástrofe” no setor. O parlamentar também falou sobre as possíveis irregularidades cometidas no concurso simplificado da Saúde.

“A situação em que se encontra a saúde é tão grave que os servidores estão pensando em iniciar uma greve na próxima terça-feira. Isso de fato representará uma catástrofe no setor. Existe um concurso prestes a ser cancelado caso alguém entre com recurso, isso porque pessoas teriam sido aprovadas mesmo tendo zerado a prova, um caso gravíssimo. Em oito meses, dois concursos cancelados, é muito incompetência”, disse.

Outro problema, segundo o deputado, é a falta de diálogo entre a secretária de Saúde e os sindicatos. “Como se não bastassem todos os problemas que o setor enfrenta, os sindicados estão querendo iniciar uma greve porque não conseguem dialogar com a secretária, eles alegam que nunca foram recebidos pela gestora.  E se pensarmos que muitas greves já foram evitadas neste estado devido ao diálogo, constataremos que realmente estamos vivendo tempos difíceis na saúde do Acre”, enfatizou.

Jenilson Leite falou ainda sobre a nova proposta do governo do Estado referente à divisão da arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os 22 municípios acreanos. Para ele, a maioria dos municípios será prejudicada, significativamente, com o novo método.

“Com a nova partilha, Xapuri vai perder 91% da arrecadação, isso significa um caos nos serviços básicos do município. Na mesma situação está Acrelândia, que perderá 75% da arrecadação com a nova divisão”, salientou o parlamentar.

Na tentativa de reverter a situação, o parlamentar apresentou um Anteprojeto de Lei ao governo do Estado que “Dispõe sobre o Programa de Apoio Emergencial aos Municípios do Interior do Acre -PAE”.

O deputado explicou que o Programa cria um prazo de dez anos para que esta transição de volume de receitas ocorra de forma paulatina e escalonada. As Prefeituras do interior teriam garantida uma arrecadação mínima a título de participação na receita do ICMS correspondente ao montante recebido no exercício de 2019 e assim poderiam planejar a adequação de suas despesas de forma mais eficiente.

“O PAE é a solução para o impasse fiscal a que estamos submetidos, pois permite que a Constituição Federal e a Lei Complementar 63/90 sejam cumpridas sem comprometer as obrigações e os serviços públicos prestados pelas Prefeituras do interior do Estado, que não podem ser penalizadas sozinhas pela atuação da Administração Estadual em desacordo com a legislação. O exercício de 2019 servirá como um referencial de arrecadação e a partir daí as Prefeituras terão o prazo de dez anos para adequar suas despesas à nova realidade de arrecadação decorrente da correção dos índices de repasse da cota do ICMS”, explicou.

Para concluir, Jenilson Leite pediu que o governador Gladson Cameli (PP) tratasse a proposta com carinho. “Espero que o governador se sensibilize com a situação dos nossos prefeitos e de fato o Estado do Acre atue no socorro às cidades do interior. Com o PAE, o Estado tem a condição de tratar os municípios do interior como um pai e não como um perverso padrasto que impõe, exclusivamente, aos filhos, as consequências dos seus próprios erros”, disse.

Sair da versão mobile