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Acre não possui estoque de vacina pentavalente; Regularização está prevista para 2020

Atualmente, o Acre não possui estoque da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite, dentre outras doenças. A informação foi confirmada pela coordenadora de Imunização do Estado, Renata Aparecida.

Isto ocorre porque a vacina adquirida pelo Ministério da Saúde (MS) por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foi reprovada em testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por esse motivo, as compras com o antigo fornecedor, uma empresa indiana, foram interrompidas.

“O governo não suspendeu o fornecimento. Já foi solicitada a aquisição para repor as que precisaram ser recolhidas, mas acontece que o laboratório não consegue produzir o volume que o Brasil necessita de forma urgente. E todo o processo de liberação da nova vacina demora em torno de 45 dias para a Anvisa e o órgão de controle de qualidade do Brasil liberarem”, explica Aparecida.

Segundo a coordenadora, o Estado utilizou o estoque estratégico que possuía em agosto, quando houve atraso nas remessas de pentavalente por parte do Governo Federal.

“Estou em Brasília agora e acabamos de receber a informação que receberemos com atraso. Mas receberemos a quantidade necessária para repor a todas as crianças que deixaram de ser vacinadas nesse período”, disse.

Apesar de o Estado distribuir as vacinas em estoque, nem todos os municípios receberam remessas. “O estado não tem estoque, o que tiver será de acordo com o estoque de cada município por que já distribuímos as que tinham e nem todos chegaram a receber”.

De acordo com Aparecida, a regularização total no fornecimento da vacina está prevista para o primeiro semestre de 2020.

Já a previsão do Ministério da Saúde é de que o abastecimento volte à normalidade a partir de novembro. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina.

Conforme informado pelo portal oficial do MS, quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará uma busca ativa pelas crianças que completaram 2, 4 ou 6 meses de idade entre os meses de agosto e novembro para vaciná-las.

 Meningite no Acre – A falta da vacina preocupa, já que é uma das melhores formas de prevenir a meningite. De janeiro até segunda-feira, 9, foram notificados 48 casos suspeitos da doença em todo o Estado. Do total, 13 casos foram confirmados para meningite. Cinco pessoas morreram por causa da doença. As informações são da Área Técnica das Meningites do Acre.

Dos casos confirmados, três foram em Rio Branco, outros três em Senador Guiomard, dois em Tarauacá, dois em Feijó, dois em Epitaciolândia e um no Bujari.

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