O Corpo de Bombeiros registrou 141 queimadas urbanas, entre sexta-feira, 30, e sábado, 1º de setembro, em Rio Branco. No fim de semana passado, o número foi de 220 ocorrências. No Acre, no entanto, setembro começou com pelo menos 400 ocorrências de incêndios florestais e urbanos.
A pequena, porém, simbólica redução nos incêndios na Capital ocorreu em decorrência de alguns fatores. Segundo o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão, as chuvas esparsas em alguns pontos e a redução de ventanias colaboraram para a queda dos números.
“Nessa semana tivemos chuvas. Não resolveu muita coisa, mas amenizou um pouco. Houve essa redução em números e as razões que podemos apontar de imediato é a questão das ventanias, porque elas propagam incêndios mais rápido. E também por conta da chuva em alguns pontos”, disse.
Outro possível motivo para a mudança pode ser a fiscalização por parte dos órgãos ambientais. Desde a semana passada, mais precisamente no dia 26 de agosto, as fiscalizações foram intensificadas em todo o Estado.
“O Corpo de Bombeiros encaminha as denúncias para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia). Nós informamos os endereços, tudo discriminado para que eles possam fiscalizar e investigar. Também temos a delegacia de crimes ambientais que apura esses crimes. Além disso, o próprio Exército está desencadeando a operação Floresta Verde, mais na zona rural. A fiscalização aumentou e também pode ser um motivo da redução desses incêndios ambientais”.
Balanço de agosto
Apesar dos números do último fim de semana, o mês de agosto fechou com saldo negativo com relação a queimadas. Só em Rio Branco, 2.359 incêndios urbanos foram registrados em agosto. Ano passado, esse número foi de 446, o que representa um aumento de mais de 174%.
Os focos de calor também aumentaram no período. Em 2018, foram contabilizados 1.812 focos. Este ano foram 3.027, sendo 2.652 só em agosto.
Também está sendo um período de poucas chuvas, se comparado aos últimos quatros anos. Mês passado o acumulado de chuva na capital acreana ficou em 7,2 milímetros, a menor quantidade dos últimos quatro anos. Até então, o menor volume havia sido registrado em 2016, quando houve um acumulado de chuva de 15, 2 mm. Ano passado, o volume foi de 154, 2 mm.