Cerca de 50 pessoas participaram nesta quinta-feira, 26, de um protesto na frente da sede da Energisa Acre. Com cartazes e panelas nas mãos, os manifestantes gritavam palavra de ordem ao criticar o constante aumento na conta de luz em Rio Branco.
Além dos consumidores, participaram do protesto os deputados Jenilson Leite (PSB) e Roberto Duarte (MDB). Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) também estiveram presentes.
Como forma de protestar, os manifestantes invadiram a sede da empresa e chegaram a interromper o atendimento no local.
Após exigirem a presença da diretoria, a empresa criou uma comissão com 15 pessoas para dialogar. No começo, houve resistência por parte dos manifestantes, mas depois eles entraram em acordo.
Durante o ato, alguns consumidores mostraram suas contas de luz com aumento de até R$ 500 de um mês para o outro. As reclamações vêm de todos os lados, empresários, classe média e, principalmente, as pessoas mais carentes.
“Nós estamos aqui fazendo a nossa parte. Estão tentando aumentar ainda mais a cobrança injusta dessa energia. Instalamos CPI, estamos fazendo projetos, estamos jogando com as peças que temos. Nada nesse país se mudou sem os movimentos sociais. As pessoas estão valentes nas redes sociais, mas é preciso a presença delas também. Não se sintam 100% desassistidos pela política. A nossa luta só terá resultado se tomarmos medidas”, disse o deputado Jenilson Leite.
Já Duarte faz um chamamento à população: “Precisamos que todos vocês que estão sendo lesados, que estão indignados, que entrem na Justiça. Nós temos 280 mil unidades consumidoras no Acre. Imaginem só se impetramos mais de 100 mil ações, vamos travar a Justiça do Acre. Alguma solução vai ter que ser dada para esse problema”.
Segundo Duarte, os parlamentares da CPI da Energia estão reunindo algumas instituições como OAB-AC, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público para realizar um mutirão no Centro da cidade, na próxima semana.
“Vamos fazer um mutirão para que a população procure seus direitos e entrem na Justiça contra essa empresa que está lesando o povo acreano”.