Uma pesquisa divulgada pelo Valor Econômico, no começo de setembro, mostra que o governo de Gladson Cameli reduziu os investimentos em mais de 50% entre janeiro e junho deste ano, se comparado ao mesmo período de 2015 quando o então governador Tião Viana (PT) iniciava seu segundo mandato.
Outros 10 estados também reduziram os investimentos pela metade, são eles: Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins.
A pesquisa do Valor Econômico considerou para todos os entes, os investimentos liquidados informados nos relatórios de execução orçamentária. Os valores não incluem as inversões financeiras nem as despesas intra-orçamentárias.
Segundo especialistas, a mudança política de concessão de aval pelo tesouro a partir de 2015 e o alto comprometimento das receitas estaduais com as despesas correntes, sobretudo as de pessoal, estão entre os principais fatores que influenciaram na queda de investimentos.
Vale lembrar que a limitação à inflação para os gastos dos entes que renegociaram a dívida com a União é aplicada apenas às despesas primárias correntes.
Na tentativa de equilibrar as contas públicas, o governo está cortando gastos com pessoal. Nesta semana, foram exonerados 340 cargos comissionados. A justificativa de Cameli é que o Estado não pode ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A imprensa chegou a anunciar que o governador revogaria as demissões, mas ele negou e garantiu: “Ainda vai vir mais”.