Vários policiais militares já estão sabendo que haverá mudança em quase todos os batalhões da Polícia Militar em Rio Branco. A primeira mudança será a fusão do 1º, 3º e 4º batalhão da PM. A junção vai dar origem ao 1º BPM e concentrar a maior parte da corporação.
Outra alteração será a mudança do 2º BPM do Bairro Quinze para o Arena da Floresta. Dessa forma, o número de batalhões cairia de cinco para três. Porém, nada foi comunicado oficialmente.
Apesar de não ser oficial, a categoria acredita que as mudanças e fusões de batalhões terá um impacto negativo e pode causar o aumento da criminalidade, sobretudo nas regiões que perderão os postos policiais.
Em entrevista a um site de notícias local, um policial que preferiu não se identificar, afirma que quando se desativa um batalhão de polícia de determinada região, a sensação de segurança muda. “No Calafate, antigamente tinha uma base, depois que retiraram, se tornou o que é hoje”, exemplificou.
Ainda segundo o PM, o objetivo da mudança é enxugar a logística e diminuir custos, o que pode prejudicar a segurança da população. “Ao invés de trazerem esses policiais de volta para as ruas, eles preferem fazer esse tipo de mudança, que, infelizmente, prejudica a população”.
Vale destacar que em Rio Branco foram registrados 94 assassinatos entre janeiro e agosto deste ano. Em todo o estado, foram 118 execuções contabilizadas.
Em nota à imprensa, o comandante geral da PM, o coronel Ezequiel de Oliveira Bino, não confirmou as mudanças, mas informou que há um estudo de reestruturação das regionais integradas de segurança pública.
“Em paralelo, um planejamento que visa a concepção de novas estratégias para otimizar o emprego de Policiais Militares e demais Agentes de Segurança pertencentes às outras Forças componentes do Sistema Integrado de Segurança Pública – Sisp –, está sendo elaborado.”
O coronel também garantiu que não há intenção de desativar a unidade policial do bairro Universitário, situação também citada pelo policial. “Tão somente haverá, se concretizada a reestruturação, a transformação daquele quartel em Posto de Policiamento Comunitário, método que resulta em um atendimento mais aproximado aos moradores da região”.