Na semana passada, a Petrobras anunciou um aumento de 3,5% no preço da gasolina nas refinarias. Porém, um levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra um equilíbrio entre os estados que aumentaram e que reduziram os preços, o que significa que ainda não houve um reajuste nas bombas.
Segundo a ANP, houve aumento em 12 estados e no Distrito Federal, e queda em 13 unidades da federação. O preço da gasolina no Amazonas segue estável.
Na média nacional, o preço médio avançou 0,16% na semana sobre a anterior, de R$ 4,310 para R$ 4,317. Em Rio Branco, o litro da gasolina pode variar entre R$ 4,69 e R$ 4,55, podendo ser encontrado por um valor maior ou menor.
Estável há várias semanas, o preço do combustível na capital acreana pode ter reajuste a partir do dia 1º de setembro. Isto porque, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) divulgou nesta terça-feira, 24, o preço médio ponderado que devem ser praticados no Acre a partir do próximo mês.
De acordo com a tabela da Confaz, o litro da gasolina pode custar R$ 4,80 e o do diesel, R$ 4,51.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac) informou, por meio da assessoria de comunicação, que a tabela divulgada pela Confaz é baseada em estimativa de impostos cobrados pelo próprio órgão.
Questionado sobre se há ou não possibilidade de aumento no preço da gasolina, o sindicato informou que não opina sobre valores devido ao livre mercado no ramo. “Não temos como mensurar de quanto será o aumento, porque isso só dá pra saber a medida em que os postos renovam os estoques”.
Quem ganha com a alta da gasolina?
Após o ataque terrorista à maior refinaria de petróleo do mundo, na Arábia Saudita, o preço do barril do produto no mercado internacional bateu os US$ 70. O valor recuou um pouco, mas a instabilidade da commodity abre discussão para quem ganha ou quem perde com a valorização do petróleo.
No Brasil, produtor e exportador do produto, a alta preocupa os consumidores por que pode haver reflexo nos preços dos combustíveis. Por outro lado, a valorização representa maior atratividade aos três leiloes marcados para este ano.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, chegou a afirmar que o aumento do preço do barril do petróleo é bom para o país, com impacto na arrecadação de impostos, nos royalties e no fundo social do pré-sal. Ele acredita em efeitos positivos para a economia, ou seja, quem ganha com a alta da gasolina é o governo federal.
A ANP vai realizar a 16ª rodada de licitações de blocos em 10 de outubro, o leilão do excedente da cessão onerosa em 6 de novembro e a 6ª rodada de partilha de produção do pré-sal em 7 de novembro.