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ARTIGO: INSTABILIDADE GERA TEMOR E PARALIISIA EMPRESARIAL

*Leandro Domingos

A energia que vitaliza o sistema econômico é a estabilidade. Seja em qual cenário for a estabilidade fundamenta o planejamento, o exercício de administrar estrategicamente. Quem elabora e administra um orçamento precisa, portanto, considerar o futuro, para ser eficiente nos investimentos que pretenda fazer. Um agricultor sabe a estação em que deve semear e em qual deverá colher porque ele sabe o por vir.

Quando analisamos a administração pública o que ela mantém de estabilidade é como um princípio, e isso vai nortear tudo ao seu derredor, orientando o caminho que os empreendedores tenderão a seguir em busca de resultados que desejem. Por isso, é importante o exercício de ouvir conselheiros sábios antes de tomar decisões. Geralmente esses são encontrados, por exemplo, na previsibilidade.

Em economia não há milagre, diga o que disser a história brasileira. Há, sim, consequência de planejamento, trabalho e gestão, tudo com base em razão de pesquisa de conjuntura, inclusive política. Ou seja, quando a política se torna flutuante o mercado automaticamente se retrai, porque o capital evita riscos desnecessários. O comércio, então, é um setor que em muito se ressente de guinadas bruscas na gestão pública, de anúncios de troca de agentes. A instabilidade, portanto, gera paralisia.

O Brasil precisa dar consequência aos planos que anuncia, que faz, para que o investidor, o empreendedor possa confiar, e, confiando, auxiliar por sua ação geradora de riqueza e geração de indicadores sociais que dão credibilidade aos gestores públicos. Emprego, renda, trabalho, confiança e estabilidade são inimigos de desconfiança e de imprevisibilidade.

Um empreendedor não prescinde de governantes estáveis, de governos minimamente previsíveis. Mas o próprio trabalhador – seja ele de qual segmento for – também precisa de regras claras, previsíveis para fazer girar a roda da economia de um país ou de um estado, do mesmo modo como é na vida da dona de casa ou do funcionário público. Nesse sentido é imperativo que a chamada classe política busque ouvir, se aconselhar sabiamente para não errar quando se trata do conjunto da vida em sociedade.

 

Leandro Domingos é presidente da FECOMÉRCIO/AC

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