No último dia 15, a seleção masculina da Espanha conquistou pela segunda vez a Copa do Mundo de Basquete, ao vencer a Argentina. A disputa começou acirrada, mas a vitória espanhola veio com folga. O placar foi 95 a 75. Mais de 20 pontos de vantagem que mostraram uma verdadeira supremacia em quadra da equipe campeã, um baile sobre os argentinos.
O título consagra a tendência de que os espanhóis se tornaram uma verdadeira potência do basquete mundial. Bola na cesta agora é com eles. Mas qual será o segredo da Roja para largar de vez o status de “um time competitivo” para se transformar em protagonista em todas as competições internacionais que disputa?
Uma reportagem especial feita pela Esportes Betway, casa de apostas esportivas online , foi atrás de saber os ingredientes para esta fórmula de sucesso espanhola no basquete. Iniciativas que vão desde melhorias no trabalho das categorias de bases até a mudança na cultura do povo espanhol, a ponto de engajar até o presidente do país, Pedro Sánchez, no amor a esse esporte.
Para uma nação tão grande como o Brasil, repleto de diversidades, é muito pouco se contentar em ser apenas “o país do futebol”. O povo brasileiro pode amar o basquete também, seguir o exemplo da seleção espanhola e mudar o padrão de competitividade da nossa seleção.
Como aponta a reportagem da Betway, o esporte precisa ser mais levado a sério, precisa ser encarado com um grau maior de profissionalismo para atingir um nível de organização externa que se reflita dentro de quadra. Esse é o foco que o Brasil precisa incorporar. Fernando Romay, ex-jogador, prata nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984, tem propriedade para falar melhor sobre isso. “Vocês têm um Oscar Schmidt e uma grande quantidade de bons jogadores, não entendo como o basquete ainda não desbancou o futebol no Brasil”.
Ponto de vista semelhante tem o jogador do Corinthians, Ricardo Fischer. Após vestir a camisa do Bilbao Basket por uma temporada, ele destaca a cultura de basquete existente na Espanha, o profissionalismo lá é levado a sério. Ele conta que é um passo que o Brasil precisar dar, e isso deve começar pelos clubes, nas condições oferecidas aos jogadores de basquete. “Precisa melhorar estrutura de ginásio, de vestiário, de arbitragem…”, entre outras coisas.
José Neto, técnico da seleção feminina, montou um time que conquistou medalha de ouro no último Pan-americano em Lima/PER. Ele aponta que há melhorais nos últimos anos no basquete nacional, mas ainda há muito o que se evoluir para chegar a um patamar como o espanhol. E perseguir essa evolução, dando continuidade a investimentos no esporte e valorizando a profissionalização, deve estar no foco principal do basquete brasileiro. Os títulos também devem ser valorizados, para deixar de ser surpresas, e se tornarem mais frequentes.
A verdade é que a conquista do bicampeonato mundial da Espanha no masculino ficará gravada na história da competição da Federação Internacional de Basquete (FIBA). Não foi uma jogada de sorte, ou um raio que cai apenas uma vez em um lugar. É fruto de um trabalho que o próprio presidente da Espanha, Pedro Sanchez resume como: “uma continuidade” de algo que foi bem feito desde os clubes até resultar em efeitos para a federação. E que agora deve virar um espelho para o basquete brasileiro.