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Indígena grávida ferida em tiroteio entre facções retira 6 balas em cirurgia e bebê sobrevive

A adolescente indígena Alcilene Correia Jaminawa, de 15 anos, passou por uma cirurgia, na madrugada deste domingo, 15, e removeu pelo menos seis balas que ficaram alojadas no corpo. A adolescente está internada em uma enfermaria do Pronto-socorro de Rio Branco e se recupera dos ferimentos.

Alcilene e a irmã caçula, Maribel Martins Jaminawa, de apenas 9 meses, foram atingidas em um tiroteio, no município de Sena Madureira, no interior do Acre, na tarde do sábado, 14.

A adolescente está grávida de três meses e, segundo informações dos pai das vítimas, José Correia Jaminawa, está tudo bem com o bebê que ela espera, pois ele não foi atingido pelos disparos. Já a irmã de Alcilene, a criança de 9 meses foi atingida nas nádegas, recebeu atendimento e foi liberada ainda no domingo, 15.

“Os médicos disseram para mim que ela já saiu do perigo, mas ela foi aberta, foi tirado chumbo do fígado e do baço dela. O bebê, as balas não atingiram”, disse Martins.

O pai falou ainda que a filha está consciente e a outra filha dele se recupera na Casa do Índio (Casaí), em Rio Branco.

Vítimas brincavam quando foram atingidas

O tenente Fábio Diniz, da Polícia Militar Sena Madureira, contou que as vítimas foram atingidas no momento em que haviam saído de casa para brincar.

“Aconteceu um tiroteio entre pessoas do bairro Pista e o bairro Vitória, de duas facções rivais. Essa adolescente estava dentro de casa com o bebê e foi descer para brincar, e foi atingida. Um disparo acertou a costela da adolescente e parece que atingiu o pulmão, segundo o médico. Já o bebê, que estava no colo dela, foi atingido nas nádegas”, contou.

Ao menos cinco criminosos já foram identificados, mas, até o momento, ninguém foi preso. Ainda segundo o tenente, os moradores preferem não dar detalhes ou passar mais informações sobre os suspeitos por medo de represália. A polícia está investigando o caso.

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