Pelo menos 62% dos empresários do comércio de bens afirmaram estar confiantes com a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O estudo, feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-AC), por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), foi realizado entre os últimos dias 13 e 26 de agosto junto a 89 entrevistados.
O levantamento, porém, confirmou que outra parcela de 30% afirmou não acreditar em melhora da economia a partir do movimento do mercado com recursos aguardos, e o motivo seria o elevado grau de endividamento das famílias, de modo que muitas delas devem optar por quitar as dívidas.
A liberação do FGTS começa no próximo mês de setembro e se estende até marco de 2020 e, por isso, 42% do comércio de Rio Branco disse não vislumbrar grande expectativa sobre esses recursos para o mercado de bens e serviços do varejo local, mas sim, para utilização no pagamento de dívidas. O estudo destacou ainda que 40% das pessoas inscritas nos serviços de proteção ao crédito devem aproximadamente esse valor e, afora 38% dos empresários com dúvidas em relação a aumento de vendas, 16% se disseram otimistas com as vendas a partir do início da liberação do fundo.
Em relação ao modo de trabalho do comércio visando aumento de vendas com os saques do FGTS, 28% dos empresários afirmaram apostar em redução de preços, seguidos de outros 25%, que disseram acreditar em mais promoções para vendas, assim como, 18% que reiteraram que farão mais descontos para as vendas com “recebimentos à vista”. O estudo também destacou 24% dos empresários, que se mostraram dispostos a investimentos em “renovação de estoque” para o período.
Além disso, 57% dos empresários afirmaram sobre a intenção de mais investimentos em propaganda e publicidade, enquanto outros 33% afirmaram que devem continuar apostando nas promoções pontuais.
Mesmo com a perspectiva de melhora das vendas, 74% dos empresários do comércio de Rio Branco não pretendem contratar, tendo em vista considerar que a melhora esperada não deve prolongar-se, e que a economia não vai alcançar o equilíbrio com uma medida de efeito no curto prazo. Além de 12% dos empresários, que não se manifestaram quanto à oferta de empregos, e 14%, que acenaram positivamente.