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Operação de combate às queimadas embarga área de mil hectares no interior do Acre

Uma área de cerca de mil hectares foi embargada por órgãos de combate e preservação ambiental na Floresta Estadual do Antimary, em Sena Madureira, interior do Acre. A ação faz parte da Operação Verde Brasil realizada na região pelo Exército Brasileiro e outros órgãos ambientais.
A ação ocorre dentro do âmbito da Operação da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLO), comandada pelo Exército Brasileiro por meio de um decreto do governo federal para combater crimes ambientais na região amazônica.
A Operação GLO envolve outras forças de segurança ambiental como: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), ICMBio, além do Corpo de Bombeiros, entre outros.
A ação começou no dia 24 de agosto. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o mês de setembro encerrou com quase 3 mil focos de queimadas no Acre. No município de Sena Madureira foram 428 focos, Feijó 356 e Brasileia 297 focos de queimadas.
Nesta quinta-feira (3), o Exército no Acre apresentou o resultado de uma das etapas da Operação Verde Brasil. Segundo os dados, cerca de R$ 5 milhões em multas foram aplicadas e uma área de mil hectares foi embargada.
“A gente teve algumas apreensões no Antimary, também em uma área da BR, que foi mais de delito ambiental com combustível, mas que também são frutos de possíveis crimes ambientais. Estamos tendo bastante atenção com esse tipo de ocorrência”, explicou o comandante da operação, coronel Costa Prates do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4ºBIS).
Um espaço montado no comando do 4º BIS funciona como sala de situação e é de onde todos os incêndios são monitorados. Segundo o coronel, nessa fase da operação, foram emitidos sete autos de infração. As atividades contaram também com o uso de um helicóptero e cinco viaturas leves.

Ação
O coronel explicou que o Exército elabora também um trabalho de conscientização da população para não queimar e de fiscalização.
“Os focos foram diminuídos dá para constatar isso nas imagens de satélite. Mas, o mais importante da diminuição é a fiscalização e, principalmente, na conscientização”, confirmou.

A operação da GLO foi prorrogada até o dia 24 de outubro. O coronel acrescentou que as estratégias de combates serão as mesmas até o final da operação.
“Estratégia permanece a mesma, até porque a gente perenemente durante o ano temos essa atuação contra crimes ambientais e fronteiriços. O combate aos focos de incêndio faz parte desta missão. A GLO veio dar uma abrangência maior da área que devemos atuar”, concluiu. (Luízio Oliveira/G1AC)

Fabiano Azevedo: