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Apae ameaça fechar salas de aula após retorno de professores aos quadros da SEE

Apae ameaça fechar salas de aula após retorno de professores aos quadros da SEE

DA REDAÇÃO

Servidores e pessoas que são ajudadas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) estão bastante preocupados com o fim das atividades da entidade. O receio se dá porque as aulas na Apae estão começando a ficar reduzidas e a fechar salas de aula.
A Apae atende hoje cerca de 300 alunos excepcionais, crianças, adolescentes e até adultos, mas não arca com as despesas de seus professores. A entidade já chegou a ter 30 docentes. Mas atualmente possui em seu quadro apenas 13, e este número vem caindo. Todos foram cedidos pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), através de uma parceria com o Governo do Estado.
Ocorre que desde 2018 há um entendimento de que estes professores cedidos à Apae não teriam todos os direitos que têm outros professores que atuam nas escolas da rede estadual, além de comprometer suas coberturas previdenciárias. A situação está desestimulando cada vez mais professores, fazendo com que deixem de dar aula na associação. E já existe um prazo limite para todos os que ainda remanesceram retornar aos quadros da SEE: dezembro.
A diretora administrativa da Apae, Rosa Maria Soares, contou que apenas nesta semana foram fechadas três turmas por falta de professor. Ela avalia que este é um dos momentos mais difíceis nos 38 anos de história da entidade.
“O mais difícil é ter que chamar uma mãe e dizer que não vai ter mais atendimento para o filho dela. Isso dói no coração. É desesperador para as famílias e também para nós. Com certeza, esse é o pior momento que vivemos na Apae”, desabafou a administradora.
Rosa Maria Soares afirma que os professores vão sair nos próximos dois meses e a entidade não tem como manter a operação das salas de aula. Os familiares dos alunos que têm aula lá estão abatidos com o cenário na associação.
“Sem os professores, somos obrigados a fechar as salas. Os que ainda estão aqui estão sem receber benefícios como VDP, porcentagem de 15% de ensino especial. É grande o prejuízo profissional. Tá todo mundo assustado e mesmo não querendo, estão tendo de sair da Apae”, completou a diretora, apelando para que o governo ou outra instituição proponha alguma solução para resolver o problema e, assim, a Apae continuar atuando no Acre.
A Secretaria Estadual de Educação ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto, até o fechamento desta edição. (Com informações do Site AC24Horas)

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