Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Com doença rara, menina de Rio Branco aguarda liberação de remédio há mais de um ano

Com doença rara, menina de Rio Branco aguarda liberação de remédio há mais de um ano

Com doença rara, menina de Rio Branco aguarda liberação de remédio há mais de um ano

Apesar da pouca idade, a pequena Maria Eduarda, 10 anos, luta contra uma doença rara desde os 5 anos. Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME), ela não consegue brincar de correr com os colegas da escola, por exemplo. Atividades simples como tomar banho e pentear os cabelos são feitas com o auxílio dos pais.

A doença genética é degenerativa. Não há cura. Aos poucos, os portadores de AME vão perdendo controle e força muscular, ficando incapacitados de se moverem e até mesmo respirarem.

“Ela precisa de auxílio para tomar banho, para ir ao banheiro. Às vezes, ela não consegue colocar a roupa sozinha, não consegue subir escada, não consegue correr. Nós temos que estar sempre por perto”, disse a mãe Neiva Eliane de Oliveira Melo.

Mesmo sem possibilidade de cura, existe um tratamento que impede o avanço da doença. O remédio é caro e é produzido nos Estados Unidos. Cada frasco custa em média R$ 400 mil.

Sem condições de comprar, a família decidiu entrar na Justiça Federal para conseguir a medicação, que é fornecida pelo Sistema Público de Saúde (SUS). Porém, já faz mais de um ano que os pais deram entrada no processo e, até agora, não houve resposta.

“Esse remédio é para dar mais qualidade de vida porque a doença não tem cura. É uma doença progressiva, então, a tendência é piorar mais. O nosso desespero é que ela pare de andar porque do jeito que ela está, fica difícil. Comecei a observar que a parte superior dela está sendo afetada. Ela não consegue pentear o cabelo sozinha”, relatou.

A esperança de uma mãe aflita aumentou com a notícia de que o Ministério da Saúde recebeu uma remessa do remédio nesta quarta-feira, 30. Na próxima semana o Spinraza começa a ser distribuído para as secretarias estaduais de Saúde. Contudo, a prioridade é para os pacientes com diagnóstico de AME tipo 1, que não é o caso de Eduarda.

“Assim que o juiz autorizar, ela vai ter que fazer uma perícia. É uma medicação muito cara e, mesmo sendo liberada pelo SUS, temos que entrar pela Justiça. Há todo um protocolo”, explica.

Sem respostas da Justiça Federal e com o remédio já disponível nos SUS, a mãe está fazendo uma campanha nas redes sociais para chamar atenção das autoridades para o caso de Maria Eduarda.

Em sua rede social, a criança publicou um vídeo pedindo ajuda dos seus seguidores e amigos. “Essa campanha não é só para mim, mas para todas as crianças que precisam dessa medicação. Quero muito que esse vídeo chegue às autoridades”, apelou ela.

Sair da versão mobile