A Polícia Federal deflagrou na manhã de quarta-feira, 23, em Cruzeiro do Sul a Operação Cata-Vento, em atuação conjunta com o Ministério Público do Estado do Acre. O alvo da missão é cumprir seis mandados judiciais, sendo dois de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, mas um dos investigados ainda se encontra foragido.
Uma das prisões realizadas foi a de uma advogada, Josimeire Teixeira Pereira, que, de acordo com as investigações da PF, além de prestar serviços advocatícios para a organização criminosa, teria se envolvido em diversas outras atividades do grupo. Há fortes indícios, inclusive, de que ela teria intermediado a entrega de uma arma de fogo entre os membros da organização criminosa.
A advogada investigada teria levado bilhetes de presos da Penitenciária Manoel Neri para a pessoa que guardava o referido artefato bélico. Também pesa sobre a advogada o fato de ter ficado com um caderno de anotações de um presidiário, para eventual cobrança de dívidas.
A presidente da sub-sessão da Ordem dos Advogados do Brasil no Juruá, Núbia Sales de Melo, informou a um site de notícias que a OAB ainda não teve acesso ao teor da denúncia contra Josimeire, mas que já solicitou cópias do caso. Núbia Sales contou que a advogada Josimeire Teixeira Pereira não foi para o presídio, porque não tinha local adequado conforme os requisitos legais para mantê-la.
Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão foi encontrada uma pequena quantidade de drogas prontas para a comercialização.
A autoridade policial representou pela prisão preventiva dos suspeitos, porque foram encontrados indícios sólidos do envolvimento deles em atividades relacionados ao tráfico de drogas na região, bem como na organização criminosa.
O nome da operação é relativo ao fio condutor da operação: encontrar o rastro do dinheiro da organização criminosa. A expressão “vento” significa dinheiro no jargão utilizado comumente no meio do crime. Cata-Vento também faz referência a sigla pela qual a organização se intitula.