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Ponto eletrônico que governo quer implantar não é eficaz: “Fácil burlar”

O Governo do Estado publicou, nesta sexta-feira, 18, a criação de uma Comissão Especial para executar e acompanhar o processo de implantação de pontos eletrônicos nas secretarias estaduais que ainda não possuem a ferramenta. A publicação está no Diário Oficial do Estado (DOE).

Porém, o que para muitos é uma forma de controlar os dias e horários trabalhados pelos servidores, não deve causar o resultado esperado pelo governo. Isto porque, segundo informado por uma fonte do Jornal A GAZETA, o ponto eletrônico não possui identificação biométrica.

“A iniciativa é boa se for ponto de identificação digital. O que estão testando é um ponto eletrônico via computador, que você registra a entrada e saída através do seu computador. Ou seja, é fácil burlar. É só passar a matrícula e senha para outra pessoa e ela atesta o ponto sem problema”, explicou a fonte.

Ainda segundo a fonte, a implantação do ponto eletrônico com identificação biométrica facilitaria, sobretudo, o controle dos cargos comissionados. “A maioria das Cecs só aparecem no final do mês para assinar o ponto. Tem uma pessoa que é cargo e eu só vi uma vez em dois meses”.

Já o servidor público João Pedro falou brevemente sobre a iniciativa. Para ele, controlar horários não é a solução para aumentar a produtividade e/ou cobrar do servidor o cumprimento da carga horária.

“Sou mais adepto a produtividade e não cobrança de horário. Claro que cada profissão tem suas particularidades. Mas de modo geral, acho que nos dias de hoje deve-se cobrar produtividade e não gente sentada atrás do computador, cumprindo horário, mas vendo Youtube”.

A Comissão criada por Gladson Cameli será coordenada pela Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (SEICT), e terá representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), Secretaria de Estado de Saúde e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Um relatório feito pela comissão deve ser entregue ao governador até o dia 11 de novembro.

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